Nos últimos anos, serviços de encontros extraconjugais começaram a ser ofertados na Internet. Inserido em um conjunto de representação cultural, o adultério, que, há muito, é tomado como elemento de diferentes discursos como ponto de articulação e controle social, é agora apresentado sob a lógica do consumo. Com base nisto, o presente estudo busca compreender como o discurso da mercadorização do adultério se alicerça nas práticas discursivas dos ofertantes de serviços de encontros extraconjugais. Trata-se de uma pesquisa qualitativa documental, realizada por meio do método arqueológico foucaultiano e interpretada à luz de sua teoria social, com dados coletados via Internet. Nossos achados apontam uma ordem do discurso que expõe uma estilística do adultério mercadorizado baseada numa estética moral que possibilita seu alinhamento à ética do consumo contemporâneo. A relevância do estudo para a academia e para a sociedade está no debate sobre o direcionamento de nossa cultura e vida orientada por uma estrutura econômica guiada pelo consumo.
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