Os diáconos da Igreja Católica têm permissão para realizar casamentos e batizados, entre outros ritos
Da redação 2 ago 2016
Cumprindo a promessa que fez há pouco menos de três meses, o papa Francisco criou a Comissão de Estudos sobre Diaconisas, nesta terça-feira. O grupo irá avaliar a inclusão das mulheres na função que é hoje ocupada exclusivamente por homens e que permite presidir algumas cerimônias litúrgicas, como casamentos e batizados.
De acordo com o documento divulgado pelo Vaticano, doze pessoas farão parte do comitê de leigos e religiosos e metade delas serão mulheres. Entre os membros do grupo está a professora da Universidade La Sapienza de Roma, Francesca Cocchini, a professora de Teologia na Universidade de Viena, Marianne Schlosser, além de professores acadêmicos da França, de Nova York e de Madri.
Como o pontífice havia comentado em maio, o grupo terá como missão estudar o que eram os diaconatos femininos, que existiam na Igreja primitiva e são mencionados em algumas passagens bíblicas. A partir do estudo, o retorno das mulheres à função poderá ser discutido.
No voo de volta de sua viagem à Armênia, em 26 de junho, Francisco reconheceu a possibilidade de instituir a comissão sobre as diaconisas, mas lembrou que isto não significa abrir as portas à ordenação imediatamente. “A mulher pensa de outra maneira em relação a nós, os homens, e não se pode tomar uma decisão boa e justa sem ouvir as mulheres”, disse ele à época.
Em diversas oportunidades, o papa Francisco mencionou que as mulheres deveriam ter mais espaço na Igreja. O pontífice já inovou na Páscoa deste ano, quando permitiu, pela primeira vez na história, a presença feminina no rito de Lava-Pés, um dos mais importantes para os católicos.
(Com ANSA e EFE)
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