No ano em que o Samba comemora o seu centenário, acontece de 30 de outubro a 3 de dezembro ciclo de diálogo e reflexão sobre a mulher no samba de São Paulo, durante o projeto Empoderadas do Samba. Idealizado pela jornalista Maitê Freitas e pela cineasta Renata Martins, o Empoderadas do Samba nasce do encontro dos projetos Samba Sampa e Empoderadas (web-série). Ao todo, serão quatro atividades públicas de intervenção e reflexão nas rodas de samba de São Paulo sobre o feminismo negro, nos quatro distritos: sul, norte, leste e oeste.
Realizado com o patrocínio do VAI -Programa de Valorização à Iniciativas Culturais da Secretaria Municipal de Cultura, o projeto inédito reúne em sua equipe técnicas e entre as convidadas mulheres negras pesquisadoras, comunicadoras, ativistas no feminismo e empoderamento da mulher negra.
Realizado com o patrocínio do VAI -Programa de Valorização à Iniciativas Culturais da Secretaria Municipal de Cultura, o projeto inédito reúne em sua equipe técnicas e entre as convidadas mulheres negras pesquisadoras, comunicadoras, ativistas no feminismo e empoderamento da mulher negra.
Nesta edição especial, o Empoderadas do Samba pretende fazer a cada encontro uma intervenção feminista nas rodas – onde a presença masculina é majoritária – ao promover o encontro dessas mulheres negras que protagonizam o samba em sua vida: acadêmica, profissional e artística. Serão quatro encontros, nomeados de Samba-Conversação, que reúnem sambistas: pesquisadoras, musicistas e cantoras negras nas rodas temáticas onde o feminismo negro será abordado em diferentes aspectos.
Iniciando o ciclo, no dia 30 de outubro (domingo), as samba-conversadoras Claudinha Alexandre (jornalista e pesquisadora) e Ericah Azeviche (cantora) falam na roda Axé de langa: a espiritualidade e o feminino nas rodas de samba, antecedendo a Praça do Samba organizada pelo Kolombolo Diá Piratininga, tradicional no bairro de Pinheiros, que comemora no mesmo dia sua centésima roda ao lado da velha-guarda do samba paulista e diversos convidados. No encontro, as samba-conversadoras Claudinha Alexandre e Ericah Azeviche refletem sobre os aspectos litúrgicos e sagrados presentes na tradição do samba, a preservação da ritualística e da memória através da presença feminina.
No dia 8 de novembro (terça-feira), é a vez da samba-conversação acontecer no Samba do Congo, na Casa de Cultura da Brasilândia, com o tema Samba, minha raiz: o samba, a roda e a cidade como espaços de pertencimento e afetividade, a pesquisadora Kelly Adriano e cantora Roberta Oliveira falarão sobre suas memórias nas rodas de samba em São Paulo e os aspectos do memória e da identidade.
Integrando as comemorações da Consciência Negra, no dia 21 de novembro (segunda-feira) é a vez do Samba da Vela receber o Empoderadas do Samba, com o tema Sereia Guiomar: a representação feminina e o corpo feminino no samba, a performer Val Souza e a ritmista e socióloga Verônica Borges.
Encerrando este ciclo, no dia 3 de dezembro (domingo) o Empoderadas do Samba adentra o Samba das Pretas – roda idealizada e composta integralmente por mulheres negras –, na Cidade Tiradentes, com o tema Das coisas que mamãe me ensinou: feminismo, samba e interseccionalidade com a participação da filósofa e secretaria adjunta dos direitos humanos do município Djamila Ribeiro e pesquisadora Jaqueline Lima.
Os encontros são gratuitos e abertos para o público em geral.
As rodas de Samba-conversação integram as ações do projeto e pesquisa Samba Sampa, que realiza desde 2012 ações de promoção e difusão da tradição do samba paulista, em diálogo e parceria com as rodas de samba da cidade. Com o intuito de promover uma reflexão, o Samba-Conversação é um espaço de diálogo sobre o samba na cidade de São Paulo, seus agentes e sua história afropaulistana.
Com o intuito e premissa de promover o protagonismo de profissionais negras, o Empoderadas do Samba é composto por uma equipe de mulheres negras de diferentes regiões de São Paulo. Além das rodas de Samba-Conversação, o projeto vem gravando documentário com mulheres e grupos femininos que protagonizam e fazem resistência no samba de São Paulo. Os documentários fazem parte da terceira temporada da websérie Empoderadas, com lançamento previsto para o primeiro trimestre de 2017.
Samba-conversação | Programação 2016
[Roda 1] Axé de langa: A espiritualidade e o feminino nas rodas de samba
Data: 30/10 [Domingo] 15h às 17h
Kolombolo Diá Piratininga
Endereço: Praça Aprendiz das Letras – R. Belmiro Braga , s/n
Samba-conversadoras: Claudinha Alexandre (Jornalista, radialista, especialista em Ciências da Religião e apresentadora dop Programa Papo de Bamba) e Ericah Azeviche (Cantora e pesquisadora)
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[Roda 2] Samba, minha raiz: o samba, a roda e a cidade como espaços de pertencimento e afetividade
Data: 8/11 [Terça-feira] das 18h às 20h
Samba do Congo | Casa de Cultura Brasilândia
Endereço: Praça Benedita Cavalheiro, s/nº, Brasilândia
Samba-conversadoras: Kelly Adriano (Dra. em Ciências Sociais e Mestre em Antropologia Social) e Roberta Oliveira (Cantora)
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[Roda 3] Sereia Guiomar: a representação feminina e o corpo feminino no samba
Data: 21/11 [Segunda-feira] das 18h às 20h
Samba da Vela | Casa de Cultura de Santo Amaro
Endereço: Praça Dr. Francisco Ferreira Lopes, 434 – Santo Amaro
Samba-conversadoras: Val Souza (Performer e Mestranda pela UFBA) e Verônica Borges (Sóciologa e Ritmista)
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[Roda 4] Das coisas que mamãe me ensinou: feminismo, samba e interseccionalidade
Data: 3/12 conversa 20h às 22h
Samba das Pretas | Cidade Tiradentes
Endereço: Point da Naná – Avenida dos Têxteis, 668 – Cidade Tiradentes
Samba-conversadoras: Jaqueline Lima (Militante do Movimento Negro e Dra em Antropologia Social pela UNICAMP) e Djamila Ribeiro (Mestre em Filosofia, Colunista e Secretária Adjunta da Sec. Mun. de Direitos Humanos e Cidadania de São Paulo.)