Contribua com o SOS Ação Mulher e Família na prevenção e no enfrentamento da violência doméstica e intrafamiliar

Banco Santander (033)

Agência 0632 / Conta Corrente 13000863-4

CNPJ 54.153.846/0001-90

sexta-feira, 3 de março de 2017

"Se a gente ensina a criança a procurar inimigos ou culpados, ela vai sempre culpar a outra pessoa pelo quê ela está sentindo"

Uma fala bem importante sobre se criar a rotina da culpabilização de terceiros e estabilidade interna
Marcos Bauch
Fico contemplando como é comum ver pais apontarem culpados quando a criança se machuca: "Chão feio! Não pode machucar o fulaninho!", "Porta má!" ou coisas parecidas.
Basicamente estamos ensinando as crianças a sempre procurarem culpados na vida, e não em aceitar que na vida a gente vai se machucar, sim, ou ficar chateados, sim, e que o melhor é ter resiliência, auto-compaixão e um coração aberto, capaz de aceitar os altos-e-baixos da vida.
Se a gente sempre ensina a criança a procurar inimigos ou culpados, quando ela tiver sua primeira decepção amorosa (ou ficar desempregada, ou tiver suas expectativas frustradas de alguma forma) ela vai, com certeza, culpar a outra pessoa pelo quê ela esta sentido.
Enquanto que, se ensinarmos à criança de que isso é normal, que não há culpados, que a gente pode acolher nossa dor e ter uma estabilidade interna pra passar por isso, a decepção amorosa vai doer, sim, mas a pessoa vai se recuperar muito mais facilmente e sem criar rancor pela outra pessoa.
[Talvez isso também ajude a diminuir os crimes passionais no futuro.]
***
No meu caso, sempre que o Miguel se machuca, ofereço colo, dou beijos e abraços, assopro o machucado, ajudo ele a entender o que está sentido, acolho a dor dele.
Mas o mais importante: não ofereço garantias de que aquilo não vá acontecer de novo, não aponto culpados e não faço julgamentos, apenas tento apontar as causas e consequências de cada ato.

publicado em 28 de Fevereiro de 2017
Papo de Homem

Nenhum comentário:

Postar um comentário