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segunda-feira, 31 de julho de 2017

“A Revolução ao ponto zero. Trabalho doméstico, reprodução e lutas feministas”, uma proposição de Federici

"A Revolução ao ponto zero. Trabalho doméstico, reprodução e lutas feministas", uma proposição de Federici Apresentaça from P.A.C.A. on Vimeo.

Seguindo o convite do Programa de Ações Culturais Autônomas (P.A.C.A.), a autora e ativista feminista Silvia Federici visitou o Brasil pela primeira vez. Nessa apresentaçãi, Federici a partir de seus dois livros "Calibã e a bruxa. Mulheres, o corpo e a acumulação primitiva" (2004, em português Coletivo Sycorax/Revista Geni, 2016) e "A revolução ao ponto zero. Trabalho doméstico, reprodução e lutas feministas" (2012), e a partir de sua experiência como ativista co-fundadora do Coletivo internacional Feminista nos anos 1970 e a luta pelo reconhecimento do trabalho doméstico como trabalho assalariado.
O livro "A revolução ao ponto zero. Trabalho doméstico, reprodução e lutas feministas" é uma coleção de textos escritos durante mais de 40 anos de ativismo e luta feminista, dos anos 1970 até nosso tempo atual. O livro combina uma posição estritamente internacionalista e autonomista com a tradição da crítica marxista e anticapitalista, contrastando o pensamento de autores tais como Michel Foucault ou Antonio Negri e Michael Hardt, a partir de uma posição feminista.
O livro "Calibã e a bruxa. Mulheres, o corpo e a acumulação primitiva" já é um clássico da literatura feminista e livro referência da análise histórica sobre a integração do corpo feminino e a reprodução biológica na máquina de produção capitalista. Partindo da figura shakespeariana do Calibã e seguindo a história da caça às bruxas pela Inquisição, a autora detalha como a hiperexploração do corpo feminino é fundamental e inseparável para a lógica capitalista no seu surgimento nos séculos 16-18. Ela explica também como desde que existe exploração também existe resistência dos corpos e dos saberes propriamente femininos.
A apresentação foi seguida por uma conversa da autora com Max Jorge Hinderer Cruz e um debate aberto ao público.
O evento é uma parceria do Programa de Ações Culturais Autônomas (P.A.C.A.) com a Casa do Povo, o Goethe-Institut São Paulo e 7 Visões, e contou com o apoio da Revista DR, do Departamento de Filosofia/PUC-RJ e do Capacete
Graças ao esforço do Coletivo Sycorax e a Revista Geni, a tradução de “Calibã e a bruxa” ao português estará disponível online a partir do dia 3 de setembro em coletivosycorax.org/
Silvia Federici (1942, Parma, Itália) é ativista feminista, historiadora, pesquisadora e professora radicada em Nova York. É professora emérita e Teaching Fellow da Universidade Hofstra (NY), onde ensina ciências sociais. Federici é co-fundadora do Coletivo Internacional Feminista (Feminist International Collective) que nos anos 1970 lutou amplamente pela demanda de trabalho doméstico assalariado. Na década de 1980 trabalhou vários anos como professora na Nigéria, onde foi co-fundadora do Commitee of Academic Freedom in Africa. Ela é membro do Midnight Notes Collective e autora dos livros “Revolution at Point Zero. Housework, Reproduction, and Feminist Struggle” (PM Press/Autonomedia, 2012) e “Caliban and the Witch. Women, the Body and Primitive Accumulation” (Autonomedia, 2004).

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