Nas ruas de Santiago, a capital do Chile, centenas de mulheres com os olhos vendados fazem uma coreografia enquanto gritam uma canção que está ressoando, agora, em várias partes do mundo.
"E a culpa não era minha, nem onde estava, nem como me vestia", diz parte da música criada pelo coletivo feminista Las Tesis, de Valparaíso, a 120 quilômetros da capital chilena.
A intenção é denunciar a violência contra a mulheres e expor teses feministas.
Do outro lado do Atlântico, outros grupos repetiam a coreografia em locais como a Torre Eiffel, em Paris (França), e na Porta do Sol, em Madri (Espanha). A manifestação também já foi realizada nas ruas de cidades como Cidade do México e Nova York.
A primeira performance aconteceu em 20 de novembro, na praça Aníbal Pinto, em Valparaíso. Organizadas em filas, as mulheres entoaram a música contra o machismo.
"O estuprador é você. São os policiais. Os juízes. O Estado. O presidente. O estado opressor é um macho estuprador."
O coletivo Las Tesis foi fundado há pouco mais de um ano, por quatro mulheres chilenas.
O objetivo delas é traduzir "teses de autoras feministas em um formato performático com a finalidade de alcançar uma múltipla audiência".
A canção que ganhou o mundo é baseada nos textos da antropóloga feminista argentina Rita Segato.
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