Estudo mostra crescimento da participação das mulheres na escolha sobre compras de remédios para os filhos, roupas e alimentos, além do uso de preservativos. Foto: Governo do Piauí |
Dados da segunda rodada de Avaliação de Impacto do Bolsa Família, realizada pelo Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) com 11.433 famílias, beneficiárias ou não, em 2009, mostram que as mulheres auxiliadas ganharam espaço nas decisões importantes para a família, além de terem alcançado avanços na área da saúde.
Segundo o levantamento, as mulheres estão exercendo mais o seu poder de escolha sobre aspectos que podem levar ao maior bem estar dos filhos, como a compra de alimentos e despesas de saúde. Nas áreas de alimentos, roupas das crianças, frequência escolar, despesas médicas e compras de bens de consumo duráveis, elas avançaram mais: de 2005 a 2009 passou de 4% a 7% a porcentagem das mulheres que tomam sozinhas esse tipo de decisão. Além do aumento de 8 pontos nas participação sobre a compra de remédios para os filhos e 5,3 pontos sobre gastos com bens duráveis.
“As mulheres ganharam um espaço muito maior nas decisões familiares porque a bolsa vai em nome delas, o que as tornou mais protagonistas. Em algumas regiões, por outro lado, a palavra final ainda é do pai, marido, sogro”, explica Walquiria Leão Rêgo, professora titular de Sociologia da Unicamp e pesquisadora dos efeitos do Bolsa Família nas mulheres beneficiadas pela ação.
Outro aspecto relevante apontado foi o aumento de 9,8 pontos percentuais no uso de anticonceptivos pelas integrantes do programa. “Muitas delas estão fazendo cirurgias de laqueadura para ter a experiência de escolher o número de filhos, algo que as mulheres de classe média fazem há 50 anos”, diz. Mas a pesquisadora enfatiza que estes resultados sofrem influência diretas de outras estratégias de conscientização do governo federal, como a distribuição gratuita de preservativos no Sistema Único de Saúde e o acesso a mais informações sobre o funcionamento de seu corpo.
O levantamento indica também que as mulheres auxiliadas pelo Bolsa Família registraram uma aumento de cinco pontos percentuais na busca por trabalho. Um fator que pode estar relacionado ao benefício permitir maior liberdade para que busquem empregos melhores. “Esse resultado mostra que as mulheres não precisam mais se submeter a empregos em condições absolutamente ruins, análogas à escravidão, insalubres. Esse poder decisório feminino é muito importante”, explica Leticia Bartholo, secretária nacional adjunta de Renda e Cidadania do MDS.
“A explicação mais provável é que uma renda regular possibilita uma experiência mais ampla de vida, desenvolve habilidades como realizar cálculos e fazer estratégias de gastos que podem ser utilizadas em certos empregos”, completa Rêgo.
De acordo com o estudo, entre 2005 e 2009, aumentou o número médio de consultas de pré-natal entre essas mulheres. A média passou de 3 para 3,7 no período. A proporção de crianças com desnutrição crônica, baixo peso e desnutrição aguda também registrou queda. Outro dado elevado é a taxa de vacinação entre as 4,1 milhões de crianças acompanhadas no primeiro semestre de 2012: com o programa, 98,89% delas seguiram o calendário vacinal.
Criado há oito anos, o Bolsa Família ajudou a retirar cerca de 30 milhões de brasileiros da pobreza. Atende atualmente mais de 13 milhões de famílias no País com um orçamento de 20 bilhões de reais para 2012, cerca de 0,5% do PIB.
Segundo o levantamento, as mulheres estão exercendo mais o seu poder de escolha sobre aspectos que podem levar ao maior bem estar dos filhos, como a compra de alimentos e despesas de saúde. Nas áreas de alimentos, roupas das crianças, frequência escolar, despesas médicas e compras de bens de consumo duráveis, elas avançaram mais: de 2005 a 2009 passou de 4% a 7% a porcentagem das mulheres que tomam sozinhas esse tipo de decisão. Além do aumento de 8 pontos nas participação sobre a compra de remédios para os filhos e 5,3 pontos sobre gastos com bens duráveis.
“As mulheres ganharam um espaço muito maior nas decisões familiares porque a bolsa vai em nome delas, o que as tornou mais protagonistas. Em algumas regiões, por outro lado, a palavra final ainda é do pai, marido, sogro”, explica Walquiria Leão Rêgo, professora titular de Sociologia da Unicamp e pesquisadora dos efeitos do Bolsa Família nas mulheres beneficiadas pela ação.
Outro aspecto relevante apontado foi o aumento de 9,8 pontos percentuais no uso de anticonceptivos pelas integrantes do programa. “Muitas delas estão fazendo cirurgias de laqueadura para ter a experiência de escolher o número de filhos, algo que as mulheres de classe média fazem há 50 anos”, diz. Mas a pesquisadora enfatiza que estes resultados sofrem influência diretas de outras estratégias de conscientização do governo federal, como a distribuição gratuita de preservativos no Sistema Único de Saúde e o acesso a mais informações sobre o funcionamento de seu corpo.
O levantamento indica também que as mulheres auxiliadas pelo Bolsa Família registraram uma aumento de cinco pontos percentuais na busca por trabalho. Um fator que pode estar relacionado ao benefício permitir maior liberdade para que busquem empregos melhores. “Esse resultado mostra que as mulheres não precisam mais se submeter a empregos em condições absolutamente ruins, análogas à escravidão, insalubres. Esse poder decisório feminino é muito importante”, explica Leticia Bartholo, secretária nacional adjunta de Renda e Cidadania do MDS.
“A explicação mais provável é que uma renda regular possibilita uma experiência mais ampla de vida, desenvolve habilidades como realizar cálculos e fazer estratégias de gastos que podem ser utilizadas em certos empregos”, completa Rêgo.
De acordo com o estudo, entre 2005 e 2009, aumentou o número médio de consultas de pré-natal entre essas mulheres. A média passou de 3 para 3,7 no período. A proporção de crianças com desnutrição crônica, baixo peso e desnutrição aguda também registrou queda. Outro dado elevado é a taxa de vacinação entre as 4,1 milhões de crianças acompanhadas no primeiro semestre de 2012: com o programa, 98,89% delas seguiram o calendário vacinal.
Criado há oito anos, o Bolsa Família ajudou a retirar cerca de 30 milhões de brasileiros da pobreza. Atende atualmente mais de 13 milhões de famílias no País com um orçamento de 20 bilhões de reais para 2012, cerca de 0,5% do PIB.
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