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terça-feira, 21 de maio de 2013


Livro domina a psiquiatria: isso é perigoso

Nenhum outro ramo importante da medicina se baseia em um texto único

O cérebro humano é o objeto mais complexo do universo conhecido. Ele contém 100 bilhões de células nervosas. Considerando a sua complexidade, as ocorrências de defeitos são extremamente raras.

Ainda assim, algumas vezes as coisas dão errado. O que é a razão porque, desde 1952, a Associação Psiquiátrica Americana publica o seu “Manual Diagnóstico e Estatístico de Desordens Mentais”, o DSM (na sigla em inglês). Este livro, cuja nova versão será publicada em 22 de maio, contém as considerações da associação a respeito de o que consiste uma desordem mental. O livro é consultado não apenas por psiquiatras, mas também por empresas de seguro saúde, companhias farmacêuticas e pacientes e pais apreensivos – não apenas nos EUA, mas no mundo todo. Ele se tornou a pedra de toque de setor para definir o que é o que não é uma doença mental, e portanto quem deve ser tratado e quem paga o tratamento.

Nenhum outro ramo importante da medicina se baseia em um texto único, que detém tanto poder sobre as vidas das pessoas. E isso é preocupante, porque em nenhum outro ramo da medicina a realidade científica que fundamenta o conhecimento dos médicos é tão incerta.

O imperativo categórico
Essa incerteza advém de uma profunda ignorância a respeito de como o cérebro realmente funciona. Os neurocientistas entendem como as células nervosas funcionam. Eles também sabem quais partes do cérebro lidam com a visão, locomoção, linguagem, memória e afins. Mas entre esses dois níveis anatômicos só há escuridão. Os psiquiatras portanto tiveram que usar padrões de comportamento como aproximações dos problemas subjacentes. E o que constitui um padrão em geral é uma questão de opinião, mas de fatos rigorosamente estatísticos.

* Texto traduzido e adaptado da Economist por Eduardo Sá.

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