Foto: OMS/SEARO/Anuradha Sarup |
A Organização Mundial da Saúde (OMS) pediu nesta terça-feira (30) que as mulheres recebam informações precisas e apoio sobre a importância da amamentação. De acordo com novo relatório da agência, que antecede a Semana Mundial da Amamentação, apenas um em cada cinco países implementam plenamente as diretrizes internacionais sobre a comercialização de substitutos do leite materno.
“Quase todas as mães são fisicamente capazes de amamentar e o farão se tiverem informações precisas e apoio”, disse a especialista em amamentação do Departamento de Nutrição para Saúde e Desenvolvimento da OMS, Carmen Casanovas. ”Mas, em muitos casos, as mulheres são desencorajadas a fazê-lo e induzidas a acreditar erroneamente que estão dando a seus filhos um melhor começo de vida na compra de substitutos comerciais ao leite materno”, acrescentou.
Segundo a OMS, a amamentação “é a melhor fonte de nutrição” para crianças e uma das formas mais eficazes para garantir a saúde e sobrevivência de meninos e meninas. As pessoas que foram amamentadas quando bebês são menos propensas ao excesso de peso ou obesidade, diabetes e podem ter um melhor desempenho em testes de inteligência.
O documento afirma que apenas 37 países, 19% das nações pesquisadas, aprovaram leis que refletem todas as recomendações do Código Internacional de Comercialização de Substitutos do Leite Materno, de 1981.
O estudo da OMS ressalta que 69 países (35%) proíbem totalmente a publicidade de substitutos do leite materno; 62 países (31%) proíbem completamente amostras grátis ou suprimentos de baixo custo para os serviços de saúde; e 64 países (32%) proíbem completamente presentes de qualquer tipo de grandes fabricantes para profissionais de saúde.
Entre os pesquisados, 83 países (42%) requerem uma mensagem sobre a superioridade do aleitamento materno nos rótulos dos substitutos e apenas 45 países (23%) dizem ter uma implementação de funcionamento e sistema de monitoramento.
O relatório mostra que as mães, muitas vezes, obtêm informações incorretas e tendenciosas, tanto diretamente – por meio da publicidade, alegações de saúde, kits de informação e por representantes de vendas – quanto indiretamente, através do sistema público de saúde.
A distribuição de “materiais educativos” sobre o aleitamento materno produzido pelos fabricantes de leite para bebês, por exemplo, tem impacto negativo sobre o aleitamento materno exclusivo, assim como a distribuição de amostras desse leite fabricado.
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