Use os encontros sociais para cultivar, aprofundar e nutrir relações
Luciano Ribeiro
Mecenas, Cultura e arte, 23 dias para um homem melhor
Somos animais sociais, é o que ouvimos por aí. Mas isso não significa que sejamos bons em realmente criar laços.
A verdade é que depois que os dias passam, é fácil nos pegarmos apenas sorrindo e acenando no automático, sem realmente nos importar ou olhar para as pessoas ao redor.
Com o tempo, acumulamos uma certa frustração: onde estão as pessoas? Por que me sinto tão só?
E isso não só em um cenário onde a pessoa está sozinha em um sentido literal. Muitas vezes, estamos nos movimentando e tendo contato diário com dezenas de pessoas de uma tal forma que isso simplesmente não nos toca.
Ter relações mais significativas demanda um certo cuidado e é, por si só, um treinamento.
Um meio hábil bastante útil para que boas relações sejam cultivadas e nutridas é criar e compartilhar de experiências coletivas.
As pessoas se unem ao redor do interesse e do bem comum. E, quando o fazem, seus laços tendem a se estreitar naturalmente. O ato de compartilhar de um terreno consensual cria, quase magicamente, a sensação de unidade.
Não é difícil observar isso operando. Você fica amigo das pessoas que assistem futebol ou que curtem tomar uma cerveja no domingo. Muitas pessoas frequentam a igreja ou a associação do bairro apenas para ter contato com os vizinhos, amigos e quem mora ao redor. O mesmo opera quando fazemos um curso ou nas empresas que trabalhamos. Por mais que os interesses não sejam os mais elevados, conexões são feitas. Depois de um certo tempo, você simplesmente tem algo a conversar, trocas são feitas.
Podemos tomar consciência desse fato e usar como um recurso em favor de melhorar nossas relações e impulsionar algo que acreditamos ser benéfico.
Além disso, quando você é o provedor, oferecendo espaço, trabalho ou tempo, sua mente tende a se projetar para uma região de generosidade que traz uma satisfação totalmente diferente. Surge ânimo e energia.
Mesmo as reuniões mais comuns e meramente de lazer podem ser ressignificadas para trazer à sua mente esse treinamento. Com o tempo, seus amigos de futebol também podem se tornar grandes companheiros e impulsionar as vidas uns dos outros.
A repetição dos encontros associada à motivação de trazer benefício a si e a quem compartilha desses pequenos eventos pode acabar a sendo a chama que aquece os seus contatos humanos.
Algumas ideias para começar hoje
Talvez você não possa executar um grande evento para reunir trinta pessoas dentro da sua casa, mas certamente pode fazer algo em menor escala para movimentar quem está ao seu redor. Aqui algumas ideias:
- Oferecer um jantar ou churrasco (ou pedir para alguém ensinar você a cozinhar);
- Tocar em uma banda;
- Organizar um evento de troca de livros;
- Jogar futebol com amigos;
- Participar de uma ONG ou fazer trabalho voluntário;
- Organizar e manter um grupo de meditação;
- Fazer um grupo de estudos em cima de algum livro;
- Oferecer cursos de algo que você conhece.
E aí, têm mais ideias? Possuem alguma experiência parecida ou não? Queremos ouvir o que vocês têm a dizer nos comentários.
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