Trecho da cartilha feita pela Marcha das Mulheres: Reitoria da USP vai distribuir 15 mil exemplares na recepção das calouras aprovadas na Fuvest 2015 (Foto: Reprodução/MMM) |
Cartilha feita pela Marcha das Mulheres foi incluída no kit de recepção.
USP diz que 'não tolera nenhum tipo de violação aos direitos humanos'.
Ana Carolina Moreno
Do G1, em São Paulo
A Universidade de São Paulo (USP) vai incluir no seu kit de recepção de novos estudantes, uma cartilha feita especificamente para as calouras aprovadas na Fuvest 2015. Segundo a assessoria de imprensa da Reitoria, foram impressos 15 mil exemplares do material "a pedido dos coletivos femininos da universidade".
A distribuição, segundo a USP, é feita especialmente aos calouros. O material será entregue aos 'bixos' durante a matrícula, que acontece nesta quarta e quinta-feira (dias 11 e 12), junto com o Manual do Calouro e outros documentos, como os cartões provisórios para uso do restaurante universitário e do ônibus circular.
"O material distribuído também contém o Código de Ética da Universidade e dois marcadores de livro que trazem destacados o artigo 21º do Código de Ética e o artigo 2º da Portaria GR nº 3.154, reforçando a ideia de que a USP não tolera nenhum tipo de violação aos direitos humanos", diz a instituição.
Produzida pela Marcha Mundial das Mulheres, a cartilha já era distribuída há alguns anos de forma independente dentro da USP. A versão de 2015 impressa pela Reitoria tem oito páginas e menciona as denúncias de violência praticada dentro do campus.
"Assumindo que há problemas na USP, e que estes problemas afetam os grupos socialmente mais oprimidos, poderemos construir uma universidade que, enfim, seja mais acessível, mais igualitária e mais feminista", diz o manual, que também debate questões como as políticas de permanência estudantil para as estudantes que têm filhos, como vagas em creches, e a divisão desigual do trabalho doméstico.
O material ainda oferece informações sobre alguns dos coletivos feministas dentro dos campi e telefones de apoio para contra agressões, incluindo o da Comissão de Direitos Humanos da USP, o da Ouvidoria da USP e o Disque 180, para denúncias de violência contra a mulher.
CPI contra abusos
A USP é uma das instituições que têm sido alvo de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Assembléia Legislativa de São Paulo (Alesp). Os deputados apuram denúncias de abusos de direitos humanos, agressões, machismo, racismo e homofobia dentro das universidades paulistas.
A CPI foi criada a partir de denúncias feitas por estudantes do curso de medicina da USP, que relataram agressões e casos de violência sexual dentro do campus.
Na semana passada, os estudantes da Associação Atlética e Acadêmica Oswaldo Cruz (Aaaoc) da FMUSP evitaram cantar hinos ofensivos, machistas e homofóbicos durante o trote que deram no Curso Etapa, com os estudantes aprovados em medicina na Fuvest 2015. Eles também prometeram que, neste ano, o trote será mais leve, sem bebidas alcoólicas e com atividades beneficentes, como doação de sangue.
G1
A Universidade de São Paulo (USP) vai incluir no seu kit de recepção de novos estudantes, uma cartilha feita especificamente para as calouras aprovadas na Fuvest 2015. Segundo a assessoria de imprensa da Reitoria, foram impressos 15 mil exemplares do material "a pedido dos coletivos femininos da universidade".
A distribuição, segundo a USP, é feita especialmente aos calouros. O material será entregue aos 'bixos' durante a matrícula, que acontece nesta quarta e quinta-feira (dias 11 e 12), junto com o Manual do Calouro e outros documentos, como os cartões provisórios para uso do restaurante universitário e do ônibus circular.
"O material distribuído também contém o Código de Ética da Universidade e dois marcadores de livro que trazem destacados o artigo 21º do Código de Ética e o artigo 2º da Portaria GR nº 3.154, reforçando a ideia de que a USP não tolera nenhum tipo de violação aos direitos humanos", diz a instituição.
Produzida pela Marcha Mundial das Mulheres, a cartilha já era distribuída há alguns anos de forma independente dentro da USP. A versão de 2015 impressa pela Reitoria tem oito páginas e menciona as denúncias de violência praticada dentro do campus.
"Assumindo que há problemas na USP, e que estes problemas afetam os grupos socialmente mais oprimidos, poderemos construir uma universidade que, enfim, seja mais acessível, mais igualitária e mais feminista", diz o manual, que também debate questões como as políticas de permanência estudantil para as estudantes que têm filhos, como vagas em creches, e a divisão desigual do trabalho doméstico.
O material ainda oferece informações sobre alguns dos coletivos feministas dentro dos campi e telefones de apoio para contra agressões, incluindo o da Comissão de Direitos Humanos da USP, o da Ouvidoria da USP e o Disque 180, para denúncias de violência contra a mulher.
CPI contra abusos
A USP é uma das instituições que têm sido alvo de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Assembléia Legislativa de São Paulo (Alesp). Os deputados apuram denúncias de abusos de direitos humanos, agressões, machismo, racismo e homofobia dentro das universidades paulistas.
A CPI foi criada a partir de denúncias feitas por estudantes do curso de medicina da USP, que relataram agressões e casos de violência sexual dentro do campus.
Na semana passada, os estudantes da Associação Atlética e Acadêmica Oswaldo Cruz (Aaaoc) da FMUSP evitaram cantar hinos ofensivos, machistas e homofóbicos durante o trote que deram no Curso Etapa, com os estudantes aprovados em medicina na Fuvest 2015. Eles também prometeram que, neste ano, o trote será mais leve, sem bebidas alcoólicas e com atividades beneficentes, como doação de sangue.
G1
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