- Publicado em Quarta, 29 Junho 2016
- Escrito por Redação
O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do DF lançou pesquisa que pretende quantificar os casos de assédio sexual nas redações e assessorias de imprensa brasileiras. A entidade comenta que a iniciativa chega em momento de mobilização em prol do fim da violência contra a mulher. “O caso da jornalista do iG demitida após o assédio do cantor Biel durante entrevista coletiva indignou as mulheres jornalistas e surtiu efeito nas redes sociais", afirma o sindicato em texto de divulgação.A entidade começou a reunir relatos e dados sobre assédio sexual na última semana e as participantes que quiserem contribuir terão que responder se já foram assediadas no ambiente de trabalho e quem realizou a violência. O questionário também quer saber se as jornalistas sofreram esse tipo de prática enquanto estavam desenvolvendo suas funções fora do local de trabalho. Há espaço para que as comunicadoras contem sobre os casos, sendo que elas podem ou não autorizar a divulgação e publicação dos relatos.De acordo com as informações, a pesquisa dá continuidade ao levantamento “Desigualdade de Gênero no Jornalismo”, que foi realizado entre os meses de março e maio deste ano. Também no início deste ano, o sindicato criou o Coletivo de Mulheres Jornalistas do SJPDF com objetivo de discutir questões de gênero e relações de trabalho, debater e lutar por melhor posicionamento da mulher na sociedade e, em específico, no mercado de jornalismo, já que as mulheres são maioria nas redações e assessorias.Para acessar a pesquisa "Assédio Sexual no Jornalismo" e responder o questionário, basta clicar neste link.
“Desigualdade de Gênero no Jornalismo”
O primeiro levantamento feito pela entidade revelou que 77,9% das entrevistadas já sofreram algum tipo de perseguição por parte de colegas ou chefes diretos. Mais de 70% das participantes também afirmaram que já deixaram de ser designada para uma pauta pelo fato de ser mulher. O estudo mostrou que 61,5% das jornalistas já vivenciaram situações em que, apesar de exercerem a mesma função do colega de trabalho, receberam menos do que ele. Elaborada para analisar também a incidência de casos de racismo e preconceito nos locais de trabalho, a pesquisa contou com a participação online de 535 pessoas de vários estados do país entre os meses de março e maio.
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quinta-feira, 30 de junho de 2016
Sindicato lança pesquisa sobre assédio sexual nas redações e assessorias
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