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domingo, 14 de agosto de 2016

12 diretoras de fotografia que você precisa conhecer

POR Jessica Soares ATUALIZADO EM 12/08/2016
Se você curte cinema e já participou de algum bolão do Oscar, sabe que, mesmo ficando de olho nos favoritos, o resultado final pode ser difícil de prever, principalmente nas categorias técnicas. Mas, nos 88 anos desde a criação do prêmio da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, uma aposta tem sido segura para a categoria de Melhor Direção de Fotografia: quem vai ganhar é um homem.

Além de ser majoritariamente branca (como a hashtag #OscarSoWhite repercutiu em 2016, ano em que nenhum ator ou atriz não-branco figurava entre os indicados à estatueta), a premiação sofre também com um profundo desequilíbrio de gênero. Mais oportunidades (e mais espaço) para os homens é como o barco é tocado em Hollywood - como já falamos por aqui -, um problema escancarado na categoria de Direção de Fotografia, a única desde a criação do prêmio da Academia, em 1929, em que nenhuma mulher foi indicada por seus feitos. E o que não falta é talento.
Para celebrar o trabalho de diretoras de fotografia notáveis e que são as grandes responsáveis pelo visual marcante de obras cinematográficas famosas, o editor e cineasta Jacob T. Swinney produziu um vídeo em que reúne 12 grandes nomes da área que quem curte cinema deveria conhecer. 
No ensaio visual, são destacados os trabalhos de grandes nomes na área ainda pouco reconhecidos. Três vezes indicada ao Emmy, a francesa Maryse Alberti é responsável pela fotografia de filmes como Velvet Goldmine (1998), O Lutador (2008) e Creed (2015) e já premiada no Independent Spirit Awards e no Festival de Sundance. A canadense Maya Bankovic é responsável por filmes como Tru Love (2013) e The Rainbow Kid (2015). A argentina Natasha Braier, indicada em festivais na Austrália e em seu país natal, é responsável pela direção de fotografia marcante de The Rover - A Caçada (2014) e Demônio de Neon (2016).
A francesa laureada no César Awards Caroline Champetier tem entre seus trabalhos os premiadíssimos Holy Motors (2012) e Homens e Deuses (2010). Charlotte Bruus Christensen, premiada em Cannes, deixou sua marca em A Caça (2012), indicado ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro, e em Longe Deste Insensato Mundo (2015). A americana Autumn Durald foi responsável pela fotografia de filmes como Palo Alto (2013) e One e Two (2015). A premiadíssima francesa Agnès Godard é responsável por longas como 35 Doses de Rum (2008) e Novo Mundo (2006).
A americana Ellen Kuras assina a direção de fotografia de filmes como Jogada Decisiva (1998), A Hora do Show (2000), Profissão de Risco (2001) e Brilho eterno de uma mente sem lembranças (2004). Reed Morano assina a fotografia de Rio Congelado (2008), Versos de um crime (2013), Irmãos Desastre (2014) e Meadowland (2015). Rachel Morrison, indicada ao Emmy, é o nome por trás de A última parada (2013), Cake (2015) e Um deslize perigoso (2015). Amy Vincent, premiada em Sundance, tem entre seus créditos Amores Divididos (1997), Ritmo de um sonho (2005) e Entre o céu e o inferno (2006). Mandy Walker é a diretora de fotografia responsável por Austrália (2008) e Em busca da justiça (2016).

Menos oportunidade e menos reconhecimento

A falta de reconhecimento do trabalho de mulheres nessa área tem raízes profundas e antigas. Ainda que na indústria cinematográfica como um todo as mulheres sejam minoria, nenhum clubinho é tão exclusivo quanto o da direção de fotografia. Em 2015, mulheres representavam menos de 4% do total de membros da Associação Americana de Diretores de Fotografia (American Society of Cinematographers - ASC), aponta reportagem do Deadline.
A instituição fundada em 1919, um ano antes das mulheres conquistarem o direito de voto nos EUA, admitiu uma mulher pela primeira vez apenas em 1980 - Brianne Murphy, três vezes indicada ao Emmy e primeira diretora de fotografia ligada a um grande estúdio. Outros 15 anos se passaram antes de uma segunda mulher se juntar à associação. Para comparação, a Associação Americana de Diretores (DGA) contava com uma integrante do sexo feminino em 1938, dois anos após a sua fundação, e uma segunda passou a integrar a instituição em 1950.
Dos 800 diretores de fotografia que já integraram a ASC, menos de 20 são mulheres. Elas são 14 do total de 360 membros ativos da Associação em 2015, e nenhuma mulher integrou qualquer cargo dentro da instituição ao longo de suas quase dez décadas de história. Ainda que profissionais da área apontem que o número de oportunidades para mulheres esteja aumentando e que cada vez mais diretoras estejam mostrando seu talento nas telas, o número de profissionais associadas à ASC não deve crescer tão cedo. Novos membros (que devem ter obrigatoriamente atuado por pelo menos 5 anos na indústria) só são aceitos se forem convidados pela própria instituição - e são os homens os responsáveis por oficializar o convite.
O reconhecimento talvez venha primeiro na cerimônia do Oscar. Como resposta às críticas sobre a falta de diversidade entre os seus integrantes, a Academia anunciou em 2016 a entrada de 683 novos votantes: 50% são mulheres e dois terços pertencem a minorias raciais. 

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