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quinta-feira, 13 de outubro de 2016

Países, ONGs e setor privado vão investir mais de US$ 2 bilhões na saúde de mulheres e meninas

Estados-membros, ONGs e empresas firmaram 23 novos compromissos com a iniciativa ‘Cada Mulher, Cada Criança’ do secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon. Campanha voltada para mulheres e meninas quer reduzir mortalidade materna e infantil e combater doenças infecciosas como a Aids entre o público feminino.
Reduzir mortalidade materna e infantil é uma das metas da "Cada Mulher, Cada Criança". Foto: MONUSCO / Martine Perret
Reduzir mortalidade materna e infantil é uma das metas da “Cada Mulher, Cada Criança”. Foto: MONUSCO / Martine Perret
Estados-membros e parceiros das Nações Unidas liberarão mais de 2 bilhões de dólares para a promoção da saúde e do bem-estar de mulheres, meninas e adolescentes em todo o mundo. A verba é resultado de 23 novos compromissos firmados em setembro entre doadores e a iniciativa do secretário-geral da ONU “Cada Mulher, Cada Criança”.
Os recursos vão contribuir para a implementação da estratégia da campanha para o período de 2016 a 2030. Alinhadas aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), as metas incluem a redução da mortalidade materna global a uma taxa menor do que 70 por cada 100 mil nascimentos e a diminuição da mortalidade neonatal em todos os países a menos de 12 por cada mil bebês nascidos.

Para alcançar os ODS, precisamos
de mais investimentos em saúde
reprodutiva, materna, neonatal,
infantil e dos adolescentes.

Acabar com as epidemias de HIV, tuberculose, malária, doenças tropicais negligenciadas e outras patologias infecciosas também é uma das prioridades da nova etapa da “Cada Mulher, Cada Criança”. O programa prevê também queda em um terço do número de mortes causadas por doenças não transmissíveis.
Outras metas da estratégias 2016-2030 envolvem não apenas o combate a ameaças de saúde pública, mas também a garantia de serviços adequados de saúde reprodutiva e sexual e de planejamento familiar. A iniciativa planeja promover ainda oportunidades iguais de aprendizado, educação e emprego para meninas e meninos.

Parceiros renovam compromissos

Em evento paralelo à 71ª sessão da Assembleia Geral, ao final de setembro, doadores se reuniram na sede da ONU para celebrar as atividades da “Cada Mulher, Cada Criança” desenvolvidas desde 2010, ano em que foi criada, e reiterar seu apoio à iniciativa.
“Para alcançar os ODS, precisamos de mais investimentos em saúde reprodutiva, materna, neonatal, infantil e dos adolescentes”, alertou o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, durante o encontro que contou com a participação também da primeira-ministra da Noruega, Erna Solberg, do presidente do Banco Mundial, Jim Yong Kim, e de dirigentes de ONGs e empresas.
Ban afirmou que o projeto se consolidou como um “lindo modelo que pode ser replicado em diferentes contextos”. Lembrando de suas viagens ao lado da “Cada Mulher, Cada Criança” em países que sofrem com a ausência de serviços adequados, o chefe da ONU disse ter sido inspirado por “histórias de dificuldades e de conquistas e pelo compromisso de profissionais de saúde e das comunidades”.
Entre as novas promessas de recursos para a iniciativa, está uma contribuição de 2 bilhões de dólares da organização não governamental Save the Children. O montante será distribuído tanto para contextos de crise humanitária, quanto para situações onda a ajuda internacional é focada em desenvolvimento a longo prazo. Contribuições do setor privado ultrapassaram a soma de 57 milhões de dólares.
A empresa de gerenciamento de resíduos Banka BioLoo se comprometeu oferecer soluções acessíveis para problemas de saneamento para 200 mil mulheres e meninas na Índia. Cerca de 3 mil escolas devem ser beneficiadas até 2020 e 120 meninas de famílias de baixa renda passarão a ter acesso a tratamento adequado de esgoto.
Já a companhia SHE pretende melhorar o acesso de 250 mil jovens de Ruanda a métodos para lidar com a menstruação até o final de 2017.
Compromissos também vieram de países do Caribe, que planejam aumentar as oportunidades de desenvolvimento para mulheres e meninas a partir do ano que vem e até 2021.
Estimativas indicam que, globalmente, o retorno dos investimentos na saúde do público feminino pode chegar a dez vezes o valor gasto na promoção do bem-estar — que gera mais participação das mulheres no mercado de trabalho, mais contribuições sociais e mais progressos na área de educação.
Encontro de alto nível na ONU marcou renovação dos compromissos de parceiros com a iniciativa 'Cada Mulher, Cada Criança'. Foto: ONU / Perry Bindelglass
Encontro de alto nível na ONU marcou renovação dos compromissos de parceiros com a iniciativa ‘Cada Mulher, Cada Criança’. Foto: ONU / Perry Bindelglass
Parte das verbas prometidas será encaminhada à Plataforma de Financiamento Global — mantida pelo Banco Mundial para angariar fundos e liberar recursos para projetos em países como República Democrática do Congo, Quênia, Camarões, Etiópia e Bangladesh — e posteriormente às iniciativas da “Cada Criança, Cada Mulher”.
“Seja através da atenção materna mais segura, do melhor desenvolvimento da primeira infância ou da garantia da saúde reprodutiva de adolescentes meninas, estamos começando a ver o que a Plataforma é capaz de conseguir”, destacou o dirigente do Banco Mundial, Jim Yong Kim.
A plataforma é mantida com doações da iniciativa privada e civil e de Estados-membros e também com o auxílio de agências da ONU, como a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA).

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