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domingo, 19 de novembro de 2017

Como falar sobre o álcool com os adolescentes

Ser honesto e mostrar abertura. Um artigo publicado pelo Huffington Post diz quais são os seis conselhos dos especialistas para educar o seu filho, explicando-lhe porque deve consumir bebidas alcoólicas de forma responsável

Mafalda Ganhão
18.11.2017

O consumo de álcool na adolescência é considerado um problema de saúde pública, com as estatísticas a revelarem números cada vez mais preocupantes em Portugal. Mais de um terço (35%) dos portugueses maiores de 15 anos consumiam diariamente bebidas alcoólicas, segundo o Inquérito Nacional de Estatística de 2014, chamando os especialistas a atenção para o facto de as bebidas destiladas estarem particularmente na moda e ser também verdade que se começa a beber cada vez em idade mais precoce.

Mas como podem os pais prevenir os comportamento de risco? Um artigo publicado no “Huffington Post” enumera seis mandamentos sobre como falar do tema com os filhos, preferindo sempre “conversas abertas e honestas”. A lista segue os conselhos dos especialistas de duas organizações especialmente sensibilizados para a questão no Reino Unido, a Drinkaware e a Adfam, com a primeira recomendação a sublinhar a importância de escolher o momento certo.


1. ‘Timing’
Se os jovens começam a beber muito novos, é bom falar no assunto cedo, mas não adianta começar a discussão “quando os filhos se preparam para ir ter com os amigos ou na hora em que se vão deitar, ou mesmo durante uma discussão sobre outra coisa qualquer”. Potenciar um conflito não leva a lado nenhum, afirma a médica Sarah Jarvis, citada no artigo.

2. Um tema normal
Tal como falar de sexo deve ser algo natural, falar sobre o consumo de bebidas alcoólicas e os riscos de ‘beber’ deve ser também comum, aproveitando as conversas do dia-a-dia e a propósito do que a atualidade proporcionar: “um episódio numa série televisiva, um acontecimento com uma celebridade qualquer, ou mesmo um episódio ocorrido na família...” Qualquer oportunidade é boa para chamar o tema à conversa e perguntar ao jovem a sua opinião.

3. Ser honesto sobre os próprios consumos
“As crianças não são parvas”, diz a Drª Jarvis. Não adianta, por isso, dizer que nunca apanhou uma bebedeira ou que não bebia quando tinha a idade do seu filho. Mais vale usar o que aprendeu com a sua própria experiência para lhe tentar passar a mensagem sobre como é importante beber de forma responsável, garante a especialista.

4. Explicar porque beber não é igual em todas as idades
É a quarta regra. Ser honesto em relação ao que bebe é uma coisa, mas isso não pode dar a ideia de que ‘se eu bebo podes beber como eu’. Convém explicar porque é que são mais graves as consequências de beber quando o corpo ainda se está a desenvolver: os riscos específicos associados, a maior vulnerabilidade e os efeitos (muitos deles irreversíveis) em áreas como a memória e a capacidade de aprendizagem.

5. Ter cuidado com as palavras
As crianças aprendem muito pelo exemplo e os pais são os seus primeiros modelos. No que ao álcool diz respeito, será pouco pedagógico enaltecer a quantidade que se consegue beber ou contar histórias onde estar embriagado pareça algo divertido. O que se diz e a forma como se conta devem ter o efeito exatamente contrário, sublinhando os efeitos negativos dos excessos e dando destaque aos bons exemplos.

6. Estabelecer fronteiras
É típico da adolescência forçar os limites. Mas os especialistas lembram que nesta, como noutras matérias, os jovens sentem-se mais seguros se tiverem e conhecerem as regras. “Traçar fronteiras claras e impôr sanções de cada vez que estas forem ultrapassadas” é absolutamente necessário.

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