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sexta-feira, 24 de novembro de 2017

Movimento de Mulheres Negras e ONU Mulheres apresentam localização da plataforma da Marcha das Mulheres Negras nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável

20.11.2017
Ação digital abre campanha 16 Dias de Ativismo pelo Fim a Violência contra as Mulheres com informações sobre a situação das afro-brasileiras, localizada em oito dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), adotados pelos Estados-membros das Nações Unidas
Ação se concentra nos perfis da ONU Mulheres Brasil nas redes sociais: Facebook | Twitter | Instagram
Movimento de Mulheres Negras e ONU Mulheres apresentam localização da plataforma da Marcha das Mulheres Negras nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável/
Na Semana da Consciência Negra, de 20 a 24 de novembro, o Movimento de Mulheres Negras e a ONU Mulheres Brasil promovem a ação digital Mulheres Negras nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). A iniciativa faz parte da estratégia de comunicação e advocacy político Mulheres Negras Rumo a Um Planeta 50-50 em 2030, lançada em março de 2017 pela ONU Mulheres Brasil, para colocar as mulheres negras no centro das ações da Agenda 2030 e da Década Internacional de Afrodescendentes 2015 – 2024, de forma a construir elementos para cumprir com o princípio preconizado na Agenda de não deixar ninguém para trás, focando em quem está em situação de maior vulnerabilidade. A ação digital se integra às ações da ONU Mulheres na campanha dos 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres, que se inicia em 20 de novembro e se estende até 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.

Os conteúdos da ação digital são resultado da localização das metas da plataforma de ação construída a partir da Marcha das Mulheres Negras contra o Racismo, a Violência e Pelo Bem Viver nos ODS. O objetivo é mostrar o alinhamento entre as necessidades apontadas pelo movimento de mulheres negras brasileiras e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável sobre o enfrentamento ao racismo e ao sexismo e a promoção da igualdade de gênero e raça, assumidos como compromissos pelo Marco de Parceria das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável 2017-2021, firmado entre a ONU Brasil e o governo brasileiro.
“As mulheres negras estão em marcha em defesa de suas vidas e dos seus direitos humanos. A plataforma da Marcha das Mulheres Negras tem amparado as ações do movimento de mulheres negras e precisa ter resposta nas atuações institucionais. Com a estratégia de comunicação e advocacy político Mulheres Negras Rumo a um Planeta 50-50 em 2030, a ONU Mulheres tem buscado mobilizar parcerias para o enfrentamento racismo e pela igualdade de gênero, garantindo que as afro-brasileiras avancem na conquista de direitos nos esforços globais até 2030”, afirma Nadine Gasman, representante da ONU Mulheres Brasil.
Nadine salienta a  parceria entre a ONU Mulheres e o movimento de mulheres negras, a qual se renovou com o Comitê Mulheres Negras Rumo a um Planeta 50-50 em 2030. Fazem parte do Comitê: Articulação de ONGs de Mulheres Negras Brasileiras (AMNB), Agentes da Pastoral Negra (APNs), Coordenação Nacional de Quilombos (Conaq), Federação Nacional de Trabalhadoras Domésticas (Fenatrad), Fórum Nacional de Mulheres Negras, Movimento Negro Unificado (MNU), Negras Jovens Feministas e integrantes negras do Grupo Assessor da Sociedade Civil Brasil da ONU Mulheres (GASC). “Estamos dando continuidade ao potencial político aberto pela Marcha das Mulheres Negras e definindo em conjunto estratégias de inclusão das mulheres negras na resposta do Brasil às agendas internacionais das Nações Unidas”, considera Nadine Gasman.
#16Dias – A ação digital também inaugura a campanha 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres, revelando alguns dos impactos das situações de violências estruturantes vividas pelas afro-brasileiras. Durante esta semana, os conteúdos serão publicados nas páginas oficiais da ONU Mulheres Brasil no FacebookTwitter e Instagram e compartilhados pelas entidades que compõe o Comitê Mulheres Negras Rumo a um Planeta 50-50 em 2030 e público em geral. A campanha tem o objetivo de promover o debate e denunciar as várias formas de violência contra as mulheres no mundo.
Violência do racismo e do sexismo – As afro-brasileiras são 25% da população, 55,4 milhões de mulheres e meninas. Elas são a maioria da população feminina em situação de pobreza, recebem em média 40,9%, da remuneração dos homens brancos, de acordo com os dados mais recentes do Retrato das Desigualdades de Gênero e Raça. São as principais vítimas de violações contra seus corpos e convivem com as alarmantes taxas de assassinato de suas jovens negras e negros. Essas situações são resultados da intersecção da violência do racismo e do sexismo na vida dessas mulheres. As soluções para esses problemas estão elencadas entre as prioridades dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), para que nenhuma delas fique para trás no caminho para um mundo melhor em 2030.
Na articulação entre Agenda 2030 e Década Internacional de Afrodescendentes, a ONU Mulheres Brasil posicionou as afro-brasileiras como um dos públicos prioritários para a iniciativa “Por um planeta 50-50 em 2030: um passo decisivo pela igualdade de gênero”. Desde março de 2017, desenvolve a estratégia de comunicação e advocacy político Mulheres Negras Rumo a Um Planeta 50-50 em 2030dando visibilidade à liderança das mulheres negras pela garantia da sobrevivência de afro-brasileiros e apoiando as articulações do movimento social de mulheres negras, como protagonistas das lutas que deram condições para os avanços experimentados por essa população nos últimos.
Mobilizações online – Essa ação digital é a terceira que coloca as afro-brasileiras no centro dos debates sobre a Agenda 2030 das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável. A última mobilização online foi realizada em comemoração ao #JulhoDasPretas e ao 25 de julho  – Dia da Mulher Afro-latino-americana, Afro-caribenha e da Diáspora. Youtubers negras, as Defensoras dos Direitos das Mulheres Negras da ONU Mulheres, Kenia Maria e Taís Araújo, e as ativistas Creuza OliveiraGivânia Silva e a senadora Regina Silva se integraram à campanha #SouNegraEQueroFalar, desenvolvida de forma probono pela Propeg. Assista aos vídeos das vlogueiras: Sá Ollebar (Preta Pariu), Lívia Teodoro(Na Veia da Nega); Maristela Rosa e Natália Romualdo (Papo de Preta), e Luciellen Assis.
primeira ação digital aconteceu no 21 de março, em decorrência do Dia Internacional pela Eliminação da Discriminação Racial, por ocasião do lançamento da estratégia e teve como foco a proposição de atitudes no âmbito da #DécadaAfro, para o combate ao racismo e a discriminação racial, na visão de vlogueiras negras. Reveja os vídeos: Carolina Lima (Já Tinha Carol) | Patrícia Rammos (Um abadá pra cada dia) | Xan Ravelli (Soul Vaidosa)|  Winnie Bueno (Preta Expressa).
Mulheres negras e a Agenda 2030 – Os países membros das Nações Unidas adotaram, em 2015, a Agenda 2030 de Desenvolvimento Sustentável, composta por 17 objetivos globais (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável – ODS), sob o compromisso e o lema de “Não deixar ninguém para trás”. Entre as metas, o ODS 5 concentra as ações voltadas para igualdade de gênero, mas outros 12 também incluem questões relacionadas às mulheres. Por sua vez, a ONU Mulheres lançou a iniciativa global “Por um Planeta 50-50 em 2030: um passo decisivo pela igualdade de gênero”, com o propósito de que todas e todos (mulheres, homens, sociedade civil, governos, empresas, universidades e mídia) trabalhem de maneira determinada, concreta e sistemática para eliminar as desigualdades de gênero.
Para enfrentar as barreiras do racismo e do machismo e em reconhecimento à necessidade de ações específicas para a efetiva inserção das mulheres negras no desenvolvimento sustentável, a ONU Mulheres Brasil adotou a estratégia Mulheres Negras Rumo a um Planeta 50-50 em 2030. A iniciativa responde ao Plano de Ação da Década Internacional de Afrodescendentes 2015 – 2024 e tem o objetivo de destacar a atuação política das afro-brasileiras, ao longo dos anos, apoiando a solução de questões como a baixa representação política, garantia dos direitos econômicos e sociais, combate à violência e promoção do bem viver.

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