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sábado, 30 de março de 2019

Damares diz que quer 'sala rosa' no IML para vítimas de violência no Acre

Ministra participou de seminário para debater realizado em Rio Branco  — Foto: Aline Nascimento/G1
Ministra participou de seminário para debater realizado em Rio Branco — Foto: Aline Nascimento/G1
Ministra fez declaração no Acre durante o 1º Seminário Mulheres Acreanas Fazendo História, em Rio Branco.
Por Aline Nascimento, G1 AC — Rio Branco
30/03/2019

A ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, afirmou na noite desta sexta-feira (29) que quer a criação de "sala cor de rosa" no Instituto Médico Legal (IML) para atender mulheres vítimas de violência. A proposta foi anunciada durante o 1º Seminário Mulheres Acreanas Fazendo História, em Rio Branco.

Para a ministra, deve ser montada uma sala diferenciada para atender as vítimas de violência doméstica oferecendo segurança e conforto. Ao falar da proposta, Damares pediu que alguém levasse o pedido até o secretário de Segurança do Acre, coronel Paulo Cézar Santos.
“Vamos ter no IML desse estado uma sala cor de rosa, uma lilás, uma sala diferente e própria para o atendimento da mulher. Pode contar com apoio financeiro do nosso ministério”, afirmou.
Segundo Damares, o Brasil ocupa o quinto lugar no ranking mundial em casos de crime de violência contra a mulher. Segundo ela, algumas vítimas no país desistem da ocorrência com medo de entrar no IML.
“Quando uma mulher vai fazer uma perícia, às vezes, entra em uma sala onde tem um homem baleado, entra no mesmo elevador com um cadáver. Ela já está tão triste e frágil, e tem mulheres que não continuam a ocorrência”, ressaltou.
Em vídeo que circulou no dia 2 de janeiro deste ano, em redes sociais, a ministra Damares chegou a afirmar que o Brasil estava em "nova era" em que "menino veste azul e menina veste rosa".
Damares cumpriu agenda no Acre das 9h30 às 22h desta sexta-feira. Além de participar do seminário, ela foi a encontro na Assembleia Legislativa (Aleac), ao lançamento do Botão da Vida, no Palácio Rio Branco, e visitou o Colégio Militar Dom Pedro.
Grupo usou faixa para protestar contra o desemprego  — Foto: Aline Nascimento/G1Grupo usou faixa para protestar contra o desemprego  — Foto: Aline Nascimento/G1
Grupo usou faixa para protestar contra o desemprego — Foto: Aline Nascimento/G1

Protesto

Antes da ministra falar, um grupo de mulheres organizou um ato com uma faixa questionando como a mulher poderia ser empoderada sem emprego.
O ato foi organizado por dez membros da direção da Associação Mulheres empreendedoras do Acre (Amac).
“Para a mulher ser empoderada precisa de um trabalho e aqui para nós está difícil. É uma maneira para mostrar para ministra como estamos aqui. Trouxemos a faixa para mostrar a realidade do Acre para toda sociedade”, explicou Maria das Graças dos Santos.
Ministra cumpriu agenda no Acre nesta sexta-feira (29) — Foto: Aline Nascimento/G1Ministra cumpriu agenda no Acre nesta sexta-feira (29) — Foto: Aline Nascimento/G1
Ministra cumpriu agenda no Acre nesta sexta-feira (29) — Foto: Aline Nascimento/G1

Líderes religiosos

Ainda durante o discurso, a ministra falou sobre os números de denúncias de violência contra a mulher recebidos pelo ministério. Damares afirmou que em dois meses de 2019 foram mais de 11 mil denúncias recebidas pelo número 180.
"O 180 é o canal que recebemos denúncias de todo Brasil. Pastores, coloquem um cartaz na sua igreja com esse número, faz folhetim e distribui na sua comunidade. Os números do 180 estão me assustando esse ano. Em apenas dois meses foram 11.132 mil denúncias. Destes, mais de 7 mil são de casos de violência física", relatou.
Damares afirmou que cerca de 11% das denúncias recebidas no disque 100 envolvem líderes religioso. Ela afirmou que há um projeto em andamento, em parceria com o ministro Sérgio Moro, para que haja uma qualificadora quando o crime praticado
"Vai ter a pena agravada. Líder religioso foi levantado para cuidar de mulher e não para agredir", frisou.

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