Paquistanesa de 14 anos é baleada por defender direito de meninas estudarem
Grupo Talibã assumiu autoria do atentado
Por Redação Marie Claire
A intolerância religiosa e de gêneros leva a atos cada vez mais extremistas e absurdos no Paquistão. O mais recente deles envolve uma menina de apenas 14 anos, baleada por atiradores talibãs nesta terça-feira (9), logo após entrar em um ônibus ao sair da escola em Swat, ao noroeste da capital do país, Islamabad.
A adolescente Malala Yousafzai é ativista dos direitos femininos e ficou famosa após publicar um blog na BBC Urdu (site da rede de comunicação britânica no Oriente Médio), em 2009, com textos nos quais descrevia sua vida após o decreto do Talibã que proibía as meninas de frequentarem a escola. Sua família também chegou a ser tema de um documentário sobre a vida no Paquistão.
Um porta-voz do grupo Talibã, Ehsanullah Ehsan, assumiu a autoria do atentado. "Ela era pró-Ocidente, estava falando contra o Talibã e chamando o presidente Obama de seu ídolo", afirmou em entrevista à agência de notícias Reuters. "Ela era jovem, mas estava promovendo a cultura ocidental em áreas pashtun", disse Ehsan. Os médicos estão tentando salvar Malala. Mesmo tendo escrito tudo sob pseudônimo, a jovem acabou descoberta e pode pagar com a vida por desafiar as regras dos radicais islâmicos.
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