Vítimas de estupro recebem tratamento em hospital de Bukavu, na RDC. Foto: ONU |
“Essa violência e abuso são inaceitáveis e devem ser levados a um fim imediato”, disseram o representante especial do secretário-geral na RDC, Roger Meece, e a representante do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), Barbara Bentein, na quinta-feira (27).Representantes da ONU na República Democrática do Congo (RDC) condenaram os recentes casos de estupro de meninas na província de Kivu do Sul, no leste do país. Eles classificaram os casos como “inaceitáveis” e pediram o fim de tais abusos.
Nos últimos dois meses, nove meninas com idades entre 18 meses e 12 anos deram entrada no Hospital Panzi, em Bukavu, Kivu do Sul, com marcas de violência e graves ferimentos internos. Duas crianças morreram e as sobreviventes tiveram numerosas complicações de saúde e incontáveis problemas psicológicos, descreveram a Missão das Nações Unidas de Estabilização na República Democrática do Congo (MONUSCO) e o UNICEF.
As duas representações afirmaram estar atentas aos passos tomados pelas autoridades congolesas para prender dois suspeitos implicados nos casos. Ambas prometeram apoio contínuo da ONU ao Governo, às organizações da sociedade civil e a outros parceiros para garantir punição aos autores de violência sexual, bem como fornecer apoio adequado para às sobreviventes.
Agências das Nações Unidas estimam que pelo menos 200 mil mulheres foram estupradas na RDC desde 1998, e o leste do país foi descrito por um ex-alto funcionário da Organização como a “capital mundial do estupro”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário