(Tradução de Denise Bottmann, Companhia das Letras, 424 páginas, 59,90 reais)
Em 2010, a jornalista investigativa Jenny Nordberg publicou uma reportagem no jornal americano The New York Times que apresentou algo novo à maior parte do mundo — mas uma prática conhecida havia várias gerações no Afeganistão: bacha posh, termo usado para designar uma garota que se disfarça e se veste como um menino. Em um país segregado por gênero, que dá preferência a filhos homens e que tem costumes bastante machistas, a prática se tornou um escape para mães que querem que suas meninas tenham os mesmos direitos que os meninos na sociedade. Em As Meninas Ocultas de Cabul, Jenny ampliou o trabalho feito na reportagem, com vários perfis de garotas que foram criadas como garotos – algumas das quais cresceram e se tornaram mulheres submissas a seus maridos, mas outras que se recusaram a abdicar dos direitos que usufruíam enquanto disfarçadas.
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