No ano em que comemora 20 anos de carreira literária, ela mergulha na web com o programa “Madrugada Desperada” para explorar a cena criativa que toma conta da cidade de São Paulo nas madrugadas. Em entrevista à Marie Claire, Fernanda Young fala da estreia e ainda conta como conciliar família e carreira com liberdade
Escritora, atriz, roteirista, apresentadora, estudante, mãe...
Quando se trata de Fernanda Young, o que não falta é predicado. Criativa por natureza, ela tem como objetivo máximo circular por áreas que lhe possibilitem expandir as maneiras de contar uma história. E a partir desta quinta (14), ela estreia no Youtube com a série documental “Madrugada Desperada”, onde irá explorar o trabalho de jovens artistas que usam a madrugada de São Paulo como plano de fundo de sua arte.
“Infelizmente, não posso cantar, porque sou desafinada, e nem dançar, por ser a pessoa mais sem ritmo que existe”, contou em entrevista à Marie Claire. “Mas estou sempre tentando encontrar novas formas de contar histórias.”
Um artista plástico que instala pela cidade obras de crochê. Um coletivo que organiza festas performáticas. Uma artista que faz performances com skatistas vestidos de burca. Os personagens escolhidos minuciosamente por ela fazem parte de uma juventude criativa que vive livre nessa efervescência noturna da cidade grande. “Por conta do trabalho, nunca fui uma pessoa da madrugada. Então para mim foi muito excitante. Foi uma das experiências mais interessantes que já tive desde quando comecei a entrevistar”, diz.
Na estreia do programa produzido pela Conspiração, serão apresentados o fotógrafo e DJ Chico Tchello, conhecido pela balada espontânea Buraco da Minhoca; Aline Tima, que levanta questões sobre identidade e superexposição com performances protagonizadas por skatistas cobertas dos pés a cabeça; e os artistas Ygor Marotta e Ceci Soloaga, que fazem animações e projetam duas criações pelos muros da cidade.
Livres da pressão do mercado e comprometidos com suas ideologias, os jovens artistas de ruas perfilados nos oito episódios trazem à tona também discussões que ocupam cada vez mais o espaço público, seja ele a rua ou a internet. A questão de gênero é um dos temas. Em conversa com Leandro Dário, Fernanda questiona o uso de rótulos como forma de categorizar os indivíduos.
“Estamos vivendo uma época complexa e, ao mesmo tempo, muito excitante de abertura e restrição. Podemos todos opinar e isso nos dá uma grande liberdade, mas ao mesmo tempo está havendo muita virulência”, comenta. “A gente tem que exercitar a necessidade do debate e não ser tão partidário e maniqueísta. Não há um certo e um errado. São tempos esquisitos. Todo mundo decide entre o que gosta ou não, diz se concorda ou não, como se fossem verdades absolutas.”
“Infelizmente, não posso cantar, porque sou desafinada, e nem dançar, por ser a pessoa mais sem ritmo que existe”, contou em entrevista à Marie Claire. “Mas estou sempre tentando encontrar novas formas de contar histórias.”
Um artista plástico que instala pela cidade obras de crochê. Um coletivo que organiza festas performáticas. Uma artista que faz performances com skatistas vestidos de burca. Os personagens escolhidos minuciosamente por ela fazem parte de uma juventude criativa que vive livre nessa efervescência noturna da cidade grande. “Por conta do trabalho, nunca fui uma pessoa da madrugada. Então para mim foi muito excitante. Foi uma das experiências mais interessantes que já tive desde quando comecei a entrevistar”, diz.
Na estreia do programa produzido pela Conspiração, serão apresentados o fotógrafo e DJ Chico Tchello, conhecido pela balada espontânea Buraco da Minhoca; Aline Tima, que levanta questões sobre identidade e superexposição com performances protagonizadas por skatistas cobertas dos pés a cabeça; e os artistas Ygor Marotta e Ceci Soloaga, que fazem animações e projetam duas criações pelos muros da cidade.
Livres da pressão do mercado e comprometidos com suas ideologias, os jovens artistas de ruas perfilados nos oito episódios trazem à tona também discussões que ocupam cada vez mais o espaço público, seja ele a rua ou a internet. A questão de gênero é um dos temas. Em conversa com Leandro Dário, Fernanda questiona o uso de rótulos como forma de categorizar os indivíduos.
“Estamos vivendo uma época complexa e, ao mesmo tempo, muito excitante de abertura e restrição. Podemos todos opinar e isso nos dá uma grande liberdade, mas ao mesmo tempo está havendo muita virulência”, comenta. “A gente tem que exercitar a necessidade do debate e não ser tão partidário e maniqueísta. Não há um certo e um errado. São tempos esquisitos. Todo mundo decide entre o que gosta ou não, diz se concorda ou não, como se fossem verdades absolutas.”
LIBERDADE SEM VULGARIDADE
Assim como os artistas que encontrou pela capital paulista, Fernanda encara a liberdade como peça fundamental de uma vida mais evoluída e interessante. “Encontrei pessoas atuando com muita generosidade, oferecendo algum tipo de beleza, amor e poesia em espaços públicos, livres das regras fixas do mercado”, conta. Entretanto, entende que só é possível ser livre quando há respeito envolvido.
“Meus filhos [as gêmeas Cecília Madonna e Estela May, de 15 anos, Catarina, de 7 anos, e John, de 6 anos] são criados com absoluta liberdade e vão atuar nela conforme forem atingindo responsabilidade”, garante. “Na minha família, criamos e entendemos que o respeito está acima de qualquer valor, inclusive quando falamos de gênero. Mas tenho pavor de vulgaridade. Não sendo vulgar, pode-se ser tudo. É preciso ter respeito a si próprio e ao outro. Só isso que deve ser dito, sem muitos discursos. Funciona naturalmente.”
Aliás, trabalho e vida pessoal costumam se cruzar com frequência na vida dessa multiartista. Fernanda e o marido Alexandre Machado, que atua como publicitário e roteirista, também são parceiros profissionais. “Acho que a gente tem um equilíbrio, pois falho em questões nas quais ele é melhor. Alexandre é muito metódico na estrutura do roteiro, muito minucioso e detalhista. Eu sou muito caótica, mas também tenho muita ideia e escuto muitas histórias, atraio muita gente maluca. Para melhorar também somos muito amigos. Obviamente, lá pelas tantas, depois de sobreviver a inúmeras crises de todas as ordens, rola realmente essa sensação de parceria, de fazer com que as coisas fiquem boas pra gente enquanto família. O objetivo, no fim, é fazer com que as pessoas se divirtam. A gente quer fazer rir, que é um carma ótimo.”
Marie Claire
Assim como os artistas que encontrou pela capital paulista, Fernanda encara a liberdade como peça fundamental de uma vida mais evoluída e interessante. “Encontrei pessoas atuando com muita generosidade, oferecendo algum tipo de beleza, amor e poesia em espaços públicos, livres das regras fixas do mercado”, conta. Entretanto, entende que só é possível ser livre quando há respeito envolvido.
“Meus filhos [as gêmeas Cecília Madonna e Estela May, de 15 anos, Catarina, de 7 anos, e John, de 6 anos] são criados com absoluta liberdade e vão atuar nela conforme forem atingindo responsabilidade”, garante. “Na minha família, criamos e entendemos que o respeito está acima de qualquer valor, inclusive quando falamos de gênero. Mas tenho pavor de vulgaridade. Não sendo vulgar, pode-se ser tudo. É preciso ter respeito a si próprio e ao outro. Só isso que deve ser dito, sem muitos discursos. Funciona naturalmente.”
Aliás, trabalho e vida pessoal costumam se cruzar com frequência na vida dessa multiartista. Fernanda e o marido Alexandre Machado, que atua como publicitário e roteirista, também são parceiros profissionais. “Acho que a gente tem um equilíbrio, pois falho em questões nas quais ele é melhor. Alexandre é muito metódico na estrutura do roteiro, muito minucioso e detalhista. Eu sou muito caótica, mas também tenho muita ideia e escuto muitas histórias, atraio muita gente maluca. Para melhorar também somos muito amigos. Obviamente, lá pelas tantas, depois de sobreviver a inúmeras crises de todas as ordens, rola realmente essa sensação de parceria, de fazer com que as coisas fiquem boas pra gente enquanto família. O objetivo, no fim, é fazer com que as pessoas se divirtam. A gente quer fazer rir, que é um carma ótimo.”
Marie Claire
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