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terça-feira, 11 de julho de 2017

Por uma masculinidade além do priapismo

170710-Príapo
É preciso rejeitar os corpos violentamente caracterizados como masculinos, mergulhados na “ilusão de que ser homem bastaria”. Sempre duros e alertas, eles desconsideram o cuidado de si
Por Ricardo Pimentel Méllo | Imagem: Nicolas Poussin, “Hymeneu travestido durante um sacrificio a Príapo (1634)
Como falar de dois temas tão amplos ligando-os para que formem um campo de estudos? Segundo os rumos de Bruno Latour (2000), importa criar controvérsias em campos de estudos, tensionar temas de estudos e pesquisas, para ampliar nossas formas de compreender a vida sem “monopolizar os caminhos da produção de saberes” (MÉLLO, 2015, p. 40).
Quando se agregam dois termos como “saúde” e “masculinidades” podemos, de antemão, imaginá-los como categorias pré-definidas e universais. Para não alongar essa introdução, aproveitamos as reflexões históricas de Almeida Filho (2011) sobre o conceito de saúde. Até final da década de 1940, considerava-se saúde como o estado de ausência de doença. Foi quando a Organização Mundial de Saúde “reinventou o nirvana e chamou de ‘saúde’: ‘estado completo de bem-estar físico, mental e social, e não meramente ausência de doença ou incapacidade’ ” (ALMEIDA FILHO, 2011, p. 07). De um lado teríamos o ser completo (o ser saudável), e, de outro, algum ser incompleto por isso doente. Claro que se tratava de uma definição, como diz o autor, advinda de um “novo misticismo sanitário” (ALMEIDA FILHO, 2011, p. 07).
No mesmo século XX, vimos a nossa Constituição Federal “surfar” na onda da era dos direitos tão bem detalhada por Norberto Bobbio (1992), definindo que saúde é direito de todos e cabe ao Estado garanti-la. Isso ampliou a contenda sobre o termo “saúde” e colocou os meios acadêmicos a debatê-lo, criando-se o campo da “saúde coletiva” (ALMEIDA FILHO, 2001). Começou-se a problematizar a saúde-doença, em busca de um atendimento integral às pessoas, baseado em princípios do Sistema Único de Saúde (SUS), também instituído na mesma Constituição de 1988.
Certamente, o debate continua, mas em ares menos idealistas que aqueles da década de quarenta descritos acima. Portanto, a saúde que estamos aqui debatendo refere-se ao campo da saúde coletiva, logo, está para além do privado, particular, individual. Saúde se faz em práticas onde o que está em jogo é o viver humano, ou, se quisermos, o sobreviver humano, que, como disse, faz-se em práticas coletivas. Desta forma, não deveríamos buscar um conceito universal, que se sustenta em “equilíbrio” e “harmonia”, como se isso fosse possível, ainda mais descolado das práticas cotidianas humanas. A vida é exaustiva e prazerosa, ou, como nos ensinou Nietzsche (2005), “tragi-cômica”, acalentada no mal-estar de sermos mortais. Desta forma, a saúde deve ser pensada como busca de amparo e cuidado diante dos mal-estares da vida cotidiana.
Sobre “masculinidades”, novamente podemos cair na tentação de vender a nossa vida ao universalismo que tende, a despeito do cotidiano de práticas as mais diversas, nos envelopar em categorias monolíticas. Do mesmo modo que tratamos o termo saúde, “masculinidades” se fazem em práticas que criam modelos:
… não se pode afirmar que os valores tradicionais de gênero, especialmente aqueles traduzidos pelo modelo tradicional (hegemônico) de masculinidade, se apresentem em suas características puras no perfil ou identidade de todos os homens […], haja vista se perceber que transitam entre modelos diferentes de masculinidades, ou seja, possuem características que demarcam práticas tradicionais e ao mesmo tempo incorporam outras que escapam delas. (MENDES e SANTOS, 2016, p. 52).
Partimos do princípio de uma violência primordial na formação da humanidade, qual seja: a construção de gêneros baseados em diferenças de órgãos genitais. Como se trata de uma violência formativa, que nos dá “borda”, “desenho” ou certa configuração como condição para nos tornarmos humanos, sempre questionaremos até que ponto um homem pode ser, por exemplo, feminista, na medida em que jamais viverá as agruras de uma mulher, que advêm menos de seu “sexo biológico” e mais de sua constituição como mulher. Mas da mesma forma jamais uma mulher, mesmo “machista” sofrerá as agruras de um homem, também advindas de sua constituição como tal. Portanto, não estamos no campo das “percepções” (“como você se percebe”), mas nos localizamos no campo das “constituições” (“como você se fez e se faz”), que é o campo das nossas práticas coletivas, ou “modos de viver”. Assim, a violência primordial que nos constitui é transformar “pedaços de carne viva” em corpos humanos, que expressarão masculinidades e feminilidades. Certamente nenhum de nós negará as diferenças em tais corpos vivos. Mas, para fazer dessas diferenças constituições de gênero, há um longo e difícil processo que se realiza em hierarquizações de modelos de viver. Destarte, queiramos ou não, concordemos ou não, saúde é marcada também por essa violência hierárquica. Parto desse pressuposto.
Com requintes de crueldade, os seres humanos formaram-se. Não bastou diferenciar corpos em gêneros, mas, como temos a “real ilusão” de ver cores e nuanças, eis que constituímos corpos, dentre homens (e dentre mulheres), que são coloridos com as tintas de mais violência: são corpos vivos, mas, muitas vezes, “abjetos” (BUTLER, 2008), que não têm importância se morrerem, desde que haja outros para substituí-los. Refiro-me, por exemplo, a homens “negros” ou “vermelhos” (esta última cor advinda do urucum que colore indígenas em nosso país).
Nessa linha de raciocínio, devemos sempre nos perguntar quando tematizamos a saúde: a quem nos referimos? A que “carne viva”? Que “cor” tem essa carne? E mais, em que categoria econômica é inserida?
Dou um exemplo. Em nota sobre as chacinas que acontecem nos presídios brasileiros, o Núcleo de Estudos sobre Drogas (Nuced) nos diz: “… para esta população [de encarcerados, jovens empobrecidos e negros] se oferece o que se tem de pior em termos de educação, saúde e lazer. Basta comparar os hospitais onde os políticos são internados em São Paulo (como o Hospital Sírio Libanês) com os hospitais públicos à disposição da população empobrecida” (Blog do Nuced)1.
Essa situação é do conhecimento de todos e de todas quem leem esse texto. Muitos podem até já não aguentar mais falar disso, sem que se vislumbre alguma solução. Assim, gêneros, masculinidades ou feminilidades, constituem corpos como se fossem humanos, em uma violência primordial, com requintes de crueldade, porque gênero é dispositivo de poder
… que […] incide sobre as relações humanas, estabelecendo as expressões normativas autorizadas para as expressões de masculinidades e de feminilidades. Através desse dispositivo seriam demarcados os espaços de circulação autorizados para os gêneros (espaços exclusivos para homens; para mulheres; espaços LGBTTTI – lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais, transgêneros e intersexuais; espaços de meretrício; espaços religiosos, etc.), assim como de sua temporalidade existencial enquanto expressão e modos de ser e de viver. (SOUZA, et. al., 2011, p. 78).
Falar desses corpos é agir constituindo-os. Falamos em certa direção, portanto agimos em certa direção. E há séculos falamos criando corpos, discriminando-os. Isso nos remete a duas coisas: de onde a pessoa fala e sobre o que fala. Em meu caso, falo de uma posição privilegiada pelo simples fato de ser branco, mas também, ocupar certa camada econômica e participar do mundo acadêmico. Certamente, minha saúde tem os indicadores que advêm dessa posição, que me permite ter acesso a condições mais adequadas de cuidado de mim. No entanto, também apresento a comum face da “masculinidade”, marcada pelo fato de eu ter um pênis. Isso me coloca na circunstância de risco de me imaginar forte e potente, que poderia me levar a certo desleixo com a saúde, mascarado pela dedicação em construir um corpo atlético, devidamente “definido” por músculos realçados e restringir meu cuidado a isso.
No campo do que chamamos de saúde, não temos como esconder a dificuldade que corpos violentamente caracterizados como masculinos vivem a “ilusão de que ser homem bastaria”, ou de que o “mundo masculino tudo lhes daria, daquilo que quisessem ter”. Eis aí a charada da saúde marcada em verso e música por Gilberto Gil: vivemos a ilusão, experimentada em diversas práticas, de que somos corpos masculinos, mas o pior é desejar tudo o que esse masculino deveria nos dar, ou seja, a potência de sermos fortes o suficiente para descuidarmos de todas as outras potencialidades “femininas” que poderiam ser vividas em um corpo com pênis. Eis aí a violência primordial que criou corpos desejantes de gênero para firmar-se como viventes, desconsiderando o cuidado de si.
Poderíamos reproduzir aqui as dezenas de estatísticas de morte, prisões, crimes em que jovens homens, negros, empobrecidos são constituídos e têm certa visibilidade, como no 27º Relatório Mundial da organização Human Rights Watch, que afirma:
Um fator chave para o drástico aumento da população carcerária no Brasil foi a lei de drogas de 2006, que aumentou as penas para traficantes. Embora a lei tenha substituído a pena de prisão para usuários de drogas por medidas alternativas como o serviço comunitário – o que deveria ter reduzido a população carcerária –, sua linguagem vaga possibilita que usuários sejam processados como traficantes. Em 2005, 9%dos presos haviam sido detidos por crimes associados às drogas. Em 2014, eram 28%, e, entre as mulheres, 64%, de acordo com os últimos dados disponíveis. (HUMAN RIGHTS WATCH, 2017, s/p).
Mas, poupando-nos dessa dança que se faz sob a música de estatísticas em repetição infinda, cabe perguntar: como multiplicar nossos corpos para que as masculinidades se misturem com as feminilidades, menos para darem a ilusão de que não temos diferenças, e mais para nos darem cores múltiplas que precisam ser cuidadas em suas singularidades? Em outras palavras, cabe perguntar: como você deseja? Eis uma questão de partida que deve ser considerada fundamental na conversa sobre masculinidade e saúde.
Freud criou, ou, se quisermos, inventou conceitos para exemplificar instâncias ou dispositivos que nos formam violentamente. Citamos um deles acima, que é a lei que nos ordena como masculinos, que adotamos sem nos dar conta, ou seja, inconscientemente. Não é novidade para ninguém essa regulação que nos favorece certa constituição como humanos. Para essa regulação, que funciona como lei, Freud deu o nome de “Super-eu” (Superego): “O super-eu é para nós o representante de todas as restrições morais, o advogado de um esforço tendente à perfeição” (FREUD, 1996, p. 72). É portanto um dispositivo que pretende nos regular a todos e, no exemplo particularmente em relação ao masculino, regula os que temos pênis de modo universal, desconsiderando que nenhum órgão nos torna seres com atitudes específicas e com forma padrão. Assim, a lei diz, para os que temos pênis, sobre o que somos proibidos e sobre aquilo que nos é permitido. Isso avança pelos demarcadores de cores e categorias econômicas, já que um pênis negro e empobrecido tem leis formativas diferenciadas de um pênis branco e rico. Não devemos escamotear essas diferenças, mas certamente nos querem como pênis sempre “duros”, segurados por mãos heteronormativamente delicadas (as supostas mão femininas), se não forem as nossas próprias. O “Super Eu” surge nas proibições que desconsideram o “eu”, o singular, e regulam nossa sexualidade e por consequência nos impõem dispositivos de gênero que, no caso masculino, quer um pênis que nunca “amolece”. E aí todos os masculinos vão sofrer, metaforicamente ou não, de “priapismo”: ereção dolorosa e persistente, sem desejo sexual.
Explicando a imagem que foi criada no parágrafo anterior, a nossa saúde tem como principal inimigo a lei do “priapismo” que nos funda como masculinos: devemos, excessivamente e persistentemente, sermos homens, como se isso significasse deixar de cuidar de si. Repetindo: sempre duros e alertas sofremos do “priapismo” que nos funda como lei, que não nos permite sermos criativos, que nos quer iguais só pelo fato de termos pênis, que são tão diferentes. Essa regulação sexual foi criada e é reproduzida por todos nós, acoplando-se a várias outras regulações, sem hierarquias: “… já não é possível dizer que a diferença sexual é anterior à diferença racial, nem tampouco considerá-las como eixos completamente separáveis de regulação social e poder” (BUTLER, 2008, p. 262. Tradução nossa). Não somos os mesmos masculinos. Somos múltiplos masculinos e temos de ter isso como ponto de partida para pensarmos nosso cuidado em saúde. Temos de combater essa lei que nos forma como desejantes de uma masculinidade e restringe nossos desejos.
É importante conjecturarmos sobre quais práticas de cuidado temos com nós mesmos que favorecem a saúde pessoal e coletiva. É decisivo que possamos, também, falar de saúde e masculinidades de um outro modo que o sustentado pelos discursos: sem medicinas, sem doenças, sem biologicismos, sem patologicismos. Deveríamos sim expor sobre nossas “linhas de fuga” e resistências aos padrões de “priapismo”. Nessa linha, finalizamos com um exemplo, desejando que outras vozes/textos também ecoem mais modelos.
Participamos do Núcleo de Estudos sobre Drogas (Nuced), que está vinculado ao Departamento de Psicologia da Universidade Federal do Ceará. Em seu blog estão descritas diversas ações desenvolvidas buscando favorecer a autonomia de cada pessoa que delas participa, para que consigam gerir o uso que fazem de substâncias psicoativas, sejam as lícitas, sejam as ilícitas. Mas tem, particularmente, há um ano e meio, uma atividade considerada uma ação de saúde que visa questionar a lei fundamental que nos violentou e nos constituiu como masculinos. Trata-se da “Oficina da Boa Viagem”.
A “Oficina da Boa Viagem” é uma ação feita como estratégia de Redução de Danos (RD), com dois aspectos que parecem ser fundamentais para nossa discussão aqui: o primeiro é que coloca a ética do cuidado de si em pauta; segundo, porque é feita por uma “drag” que coloca em xeque as masculinidades como sendo formatadas por padrões. Em relação a este último ponto (o questionamento de padrões de masculinidade), questionamos a definição padrão de que “drag” seja um “homem que se veste com roupas extravagantes de mulher e imita voz e trejeitos tipicamente femininos”. Como não há padrões, “drag” define-se mais pela exuberância com que se monta do que por trejeitos ou por feminilidade. Entendemos que superamos essa conversa sobre padrões, amplamente discutida no texto.
Quanto à ética do cuidado de si, seguimos os rumos propostos por Foucault (1985; 2004). Expondo de modo breve, Foucault propõe uma retomada do conceito de cuidado de si (epimeleia heautou) como ética, ou modo de viver, nos moldes propostos pelos gregos no mundo helenístico. Não se trata de uma proposta que visa louvar o individualismo moderno ou transformar ações de saúde coletiva em ações de saúde privadas, moralistas, ou apropriadas por certa espiritualidade cristã. Ao contrário, Foucault nos mostra que o cuidado de si na antiguidade tinha a peculiar forma de práticas de si, como condição de possibilidade para o cuidar de outros. Em resumo, o mote desta ética do cuidado de si é: “cuide de si para cuidar de outros”, ou “quem não cuida de si, não consegue cuidar de outros”. Como afirmou Foucault, o cuidado de si não é “um exercício da solidão, mas sim uma verdadeira prática social” (FOUCAULT, 1985, p. 57). Não é um renunciar a si, mas saber de suas possibilidades e limites para também ter potência no cuidado de outros. No campo da saúde, portanto, o cuidado de si deve potencializar ações de cuidado de outros.
Eis então que no Nuced, incomodados com a recepção que se faz a calouros na Universidade e particularmente no curso de Psicologia, começamos a organizar oficinas de cuidado de si direcionadas a discussões sobre uso de drogas e práticas amorosas e sexuais. Partimos do conceito de risco, detalhado por Mary Jane Spink e colegas (SPINK 2000a; SPINK 2000b; SPINK et. al. 2002; SPINK et. al. 2008; SPINK, 2010) que, no caso em que trabalhamos, é entendido como forma de viver contemporânea que visa aventurar-se (risco-aventura). Pois bem, nessa oficina, fazemos discussões sobre os riscos relacionados ao uso de drogas e sexo, distribuímos material informativo sob a forma de fanzines, além de preservativos. Claro que o bom humor é a liga que permeia toda a oficina, que visa despertar estudantes ao cuidado de si para que, compreendendo tais cuidados, possam favorecer ações de redução de danos com outros colegas do curso ou fora da universidade. Mesmo em uma oficina que também tem a participação de mulheres destacamos os cuidados que homens devem ter desde esse primeiro momento de entrada na Universidade, deixando explícito que o que se costuma chamar, genericamente, de “formação machista”, impele ao descuidado para consigo e também o descuidado para com outros.
Realizamos uma ação, logo no ingresso de estudantes no curso, como forma de resistir às agarras do mundo capitalista que a tudo quer tornar mercadoria e fazer com que o individualismo impere. Assim, destacamos uma “drag” para que, de forma divertida, sejam questionados padrões de masculinidade que, por si só, já colocam a saúde de homens em risco, favorecem violências as mais diversas e só intensificam individualismos.
As ponderações feitas neste texto não se ativeram a saúde em contraponto a doença, mas foram na direção do tema “Saúde e Masculinidades”, entendendo-o como um campo amplo de estudos e ações: assinalamos que a violência primordial de nos regular como masculinos nos impede de manifestarmos nossos desejos de modo menos circunscritos, porque a lei quer que desejemos como homens. E, portanto, o cuidado com nossa saúde será transversalizado por esse desejo “masculino”.
Se fosse possível um dia falar com Gilberto Gil, deveríamos agradecer-lhe por sua obra, em especial a música citada no texto. No entanto, seria fundamental pedir-lhe uma pequena mudança, inspirada em Nietzsche: que a sua música trocasse o termo “super-homem”  por “além de homem”. Nietzsche nos diz: “O homem é algo que deve ser superado”. Continuando, pergunta: “Que fizestes para superá-lo?” (NIETZSCHE, 2000, p. 36). Certamente o filósofo não estava se referindo exclusivamente a homens no seu sentido restrito, mas cabe muito bem sua questão: que estamos fazendo para deixarmos de ser só homens e irmos além?
Respostas a tal pergunta não são simples. Poetas como Rilke nos dizem pelo menos sobre como poderíamos proceder em respostas práticas: não nos procurarmos como adversários, uma vez que os sexos têm “mais afinidade do que se considera”, qual seja, “a difícil sexualidade” que nos foi atribuída. (RILKE, 2006, p. 47).
Referências:
  • ALMEIDA FILHO, N. O que é saúde? Rio de Janeiro: FIOCRUZ, 2011.
  • BUTLER, J. Cuerpos que importan: sobre los limites materiales y discursivos del “sexo”. Traducción Alcira Bixio. Buenos Aires, Paidós, 2008.
  • BOBBIO, N. A era dos direitos. Tradução Carlos Nelson Coutinho. Rio de Janeiro: Campus, 1992.
  • FOUCAULT, M. História da sexualidade III: o cuidado de si. Tradução Maria Thereza da Costa Albuquerque. Rio de Janeiro: Graal, 1985.
  • FOUCAULT, M. A hermenêutica do sujeito. Tradução Márcio Alves da Fonseca e Salma Tannus Muchail. São Paulo: Martins Fontes, 2004.
  • FREUD, S. Conferência XXXI: A dissecção da personalidade psíquica (1933[1932]). In: Edição Standard Brasileira das Obras Psicológicas Completas. Rio de Janeiro: Imago, 1996, v. XXII, p. 63-84.
  • HUMAN RIGHTS WATCH. Relatório Mundial 2017 – Brasil. Disponível em: https://www.hrw.org/pt/world-report/2017/country-chapters/298766. Acesso em: 18/02/2017.
  • LATOUR, B. Ciência em ação: como seguir cientistas e engenheiros sociedade afora. São Paulo: UNESP, 2000.
  • MÉLLO, Ricardo Pimentel. “Em metodologias tenso ativas, pesquisam-se agregados em redes heterogêneas”. In: LANG, Charles Elias; BERNARDES, Jefferson de Souza; RIBEIRO, Maria Auxiliadora; ZANOTTI, Susane Vasconcelos (org.). Metodologias: pesquisa em saúde, clínica e práticas psicológicas. Maceió: Edufal, 2015. p. 35-59.
  • MENDES, M. A.; SANTOS, V. B. dos. Produções de masculinidades no contexto da violência de gênero. In: SCOTT, P.; LYRA, J.; FONTE, I. B. da. Relações e hierarquias marcadas por gênero (orgs.). Recife: EDUFPE, 2016. p. 51-74.
  • NIETZSCHE, F. W. Assim Falou Zaratustra: um livro para todos e para ninguém. Tradução Mário da Silva. Rio de Janeiro Civilização Brasileira, 2000.
  • NIETZSCHE, F. W. A visão dionisíaca do mundo e outros textos da juventude. Tradução Marcos Sinésio Pereira Fernandes e Maria Cristina dos Santos de Souza. São Paulo: Martins Fontes, 2005.
  • RILKE, R. M. Cartas a um jovem poeta. Tradução de Pedro Süssekind. Porto Alegre: L&PM, 2006.
  • SOUZA, L. A. F. de; SABATINE T. T.; MAGALHÃES, B. R. de. (orgs.). Michel Foucault: sexualidade, corpo e direito. Marília (SP): Oficina Universitária; São Paulo: Cultura Acadêmica, 2011.
  • SPINK, M. J. P. Risco e educação em saúde: das perspectivas individuais à sensibilidade ao contexto cultural. In: SPINK, M. J. P. (cord.). A construção social do risco no cenário da aids. Relatório  CNPq. Projeto Integrado. 2000a.
  • SPINK, M. J. P. Risco e psicologia: o foco nos comportamentos de riso. In: SPINK, M. J. P. (coord.). A construção social do risco no cenário da aids. Relatório CNPq. Projeto Integrado. 2000b.
  • SPINK, M. J. P.; MEDRADO, B. & MÉLLO, R. P. Perigo, probabilidade e oportunidade: a linguagem dos riscos na mídia. Psicologia: Reflexão e Crítica, v. 15, n. 01, p. 151-164, 2002.
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  • SPINK, M. J; P. Linguagem e produção de sentidos no cotidiano[online]. Rio de Janeiro: Centro Edelstein de Pesquisas Sociais, 2010. 72 p. Disponível em . Acesso em: 31/01/2017.

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