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sábado, 7 de março de 2020

'Mulheres negras e super-heroínas significam a mesma coisa', diz Janelle Monáe sobre o aterrorizante 'Antebellum'

Em seu primeiro papel como protagonista no cinema, Monáe é uma escritora feminista que se vê presa em uma realidade alternativa como uma mulher escravizada.
By Taryn Finley, HuffPost US
07/03/2020
Novo filme dos produtores de Corra! e NósAntebellum teve seu primeiro trailer lançado exclusivamente no HuffPost nesta quinta (5). O thriller dos roteiristas e diretores Gerard Bush e Christopher Renz traz Janelle Monáe em seu primeiro papel como protagonista no cinema.

Em Antebellum, a cantora e atriz de 34 anos é Veronica Henley, uma escritora feminista que se vê presa em uma realidade alternativa como uma mulher escravizada. Bush descreveu o filme como “uma recontextualização do pecado original deste país, o apagamento da história e como isso nos afetou como pessoas negras”. Monáe disse que sentiu calafrios ao ler o roteiro.
“Eu sei que o filme abrirá outra dimensão na minha vida como artista, e esse é definitivamente um dos meus papéis mais difíceis até hoje”, disse Monáe ao HuffPost em sua primeira entrevista sobre o filme. “Eu tive de fazer meditação e orar de verdade. Tive que malhar muito. Tive que colocar minha cabeça no espaço mental para atravessar a jornada de Veronica.”
Bush e Renz disseram ao HuffPost que o conceito do filme veio de um pesadelo que Bush teve logo após a morte do pai. Ele explicou que parecia que seus antepassados ​​estavam sentados na ponta da cama.
“Eu senti que a mulher no pesadelo estava tão desesperada por ajuda que estava gritando por várias dimensões e que isso poderia existir em um espaço e tempo diferentes”, contou Bush sobre o primeiro longa-metragem da dupla. “E então construímos a história. O que as pessoas vão experimentar no filme é praticamente o pesadelo.”
Pôster oficial de
LIONSGATE
Pôster oficial de "Antebellum".
Os cineastas disseram ao HuffPost que ainda não assistiram a um filme que explora a escravização por meio de histórias “desorientadoras”. No entanto, Octavia Butler fez exatamente isso em 1979 com seu romance Kindred: Laços de Sangue, com o qual Antebellum certamente será comparado.
“Acho que isso vai catalisar um diálogo nacional sobre quem somos como povo, não só naquele momento, mas hoje, em 2020”, explicou Bush.
Monáe disse que espera que o público saia do cinema “entendendo por que as palavras mulheres negras e super-heroínas deveriam ter um mesmo significado”.
“Se as pessoas puderem apreciar profundamente as mulheres negras com um respeito mais profundo por elas, com uma admiração mais profunda pelas mulheres negras, então meu trabalho está feito”, desabafou.
Se as pessoas puderem apreciar profundamente as mulheres negras com um respeito mais profundo por elas, com uma admiração mais profunda pelas mulheres negras, então meu trabalho está feito.
Janelle Monáe
Ela também disse que este filme irá desencadear uma “maneira inovadora de falar sobre questões modernas”.
“Eu acho que este filme irá ajudá-lo a ver a experiência humana de uma maneira totalmente diferente, não importa como você seja, de onde você vem”, disse. “Haverá conversas que você terá consigo mesmo, conversas que terá com estranhos, com pessoas que você ama ou que talvez você achasse que amava, e que serão conversas importantes para evoluirmos como humanidade.”
“Eu sinto que a arte subversiva e a narrativa são um ótimo veículo para fazer isso - para nos unir”, concluiu.
Antebellum também conta com a participação de Marque Richardson II, Gabourey Sidibe, Kiersey Clemons, entre outros. O filme tem trilha sonora de Nate “Rocket” Wonder e Roman GianArthur do coletivo de arte Wondaland de Monáe. Ele chega aos cinemas nos Estados Unidos no dia 24 de abril. No Brasil, ainda não há data definida de estreia.

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