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sábado, 23 de fevereiro de 2013


Crise no Mali tira 700 mil crianças da escola, afirma UNICEF

Um aluno escreve em um quadro-negro em uma escola em Bamako, Mali. Foto: UNICEF/MLIA2012-00888/Tanya BindraA educação de 700 mil crianças no Mali foi interrompida devido à violência no país, alertou nesta sexta-feira (22) o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), acrescentando que há uma necessidade urgente de reconstruir escolas, formar professores e fornecer material adequado de ensino.
O norte do Mali foi ocupado por radicais islâmicos após os combates começaram, em janeiro de 2012, entre as forças governamentais e os rebeldes tuaregues. O conflito deslocou centenas de milhares de pessoas e levou o Governo do Mali a solicitar a assistência da França para deter o avanço militar de grupos extremistas.
Desde que a violência começou há um ano, pelo menos 115 escolas no norte do país foram fechadas, destruídas, saqueadas e, em alguns casos, contaminadas com munições não detonadas. Das 700 mil crianças afetadas, 200 mil ainda não têm acesso a escola, disse o UNICEF em um comunicado à imprensa.
Muitos professores estão entre os deslocados e não voltaram para a parte norte do país. Atualmente estão trabalhando em escolas superlotadas, no sul, que não conseguem absorver a quantidade de alunos vindos do norte.
“Quando um professor tem medo de ensinar e quando um aluno está com medo de ir para a escola, toda a educação está em risco”, disse o representante do UNICEF no Mali, Françoise Ackermans.
Na região norte, apenas uma em cada três escolas está funcionando. Em algumas localidades, todas as escolas permanecem fechadas, como é o caso em Kidal, enquanto que em outros poucas abriram. 5% das escolas já reabriram em Timbuktu.

Relatório confirma melhoria do acesso humanitário


O último relatório da ONU sobre a situação no país, de 20 de fevereiro, confirmou que o acesso humanitário melhorou nas regiões centrais e parte do norte do país e a ONU estabeleceu um posto de coordenação da ajuda humanitária em Mopti. Entretanto, o acesso geral para o norte continua limitado por causa das operações militares, ameaça de minas e recente violência.
A situação de segurança é particularmente preocupante em Gao, onde grupos armados promoveram dois ataques suicidas em dois dias e entraram em confronto com forças malinesas e francesas no dia 10 de fevereiro. Militares malineses, franceses e nigerianos conseguiram entrar na cidade de Bourem nos dias 16 e 17 de fevereiro. Não houve resistência.
Até 19 de fevereiro, 167.782 malineses foram registrados como refugiados em países vizinhos. Baseado no monitoramento de rodoviárias e rotas fluviais, a Organização Internacional para Migração estima que o número de deslocados internos nas regiões de Ségou, Mopti e Bamako chegou a 15.973 entre 12 de janeiro e 10 de fevereiro. Em todo o país, eram 227.206 deslocados internos até 31 de dezembro de 2012.
Saiba em detalhes estes e outros dados em www.onu.org.br/mali

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