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domingo, 24 de fevereiro de 2013

Tecendo vidas: conheça a história de superação das mulheres de Uganda

Através do crochê, um povo, que antes vivia na miséria, quebrou barreiras sociais, culturais e econômicas

por Igor Zahir

JUNTAS, ESSAS MULHERES PRATICAM, SE AJUDAM, E ENSINAM OUTRAS A DESENVOLVEREM A ATIVIDADE (Foto: Reprodução)
JUNTAS, ESSAS MULHERES PRATICAM, SE AJUDAM, E ENSINAM OUTRAS 
A DESENVOLVEREM A ATIVIDADE (Foto: Reprodução)



















O projeto Krochet Kids começou quando três amigos americanos, apaixonados por crochê, foram passar um verão em Uganda, no leste da África. Lá, eles se comoveram com um drama da vida real: há mais de 20 anos os habitantes viviam em acampamentos do governo, uma vez que o norte do país estava devastado por um exército rebelde. A população que vivia nessas áreas não queria mais depender de ajudas políticas, mas sim trabalhar para poder sustentar suas famílias.
Interessados em ajudar, os três jovens reuniram-se com as mulheres ugandenses e, em 2008, criaram uma organização não-governamental que ajudava essas mulheres a produzirem e venderem os gorros que faziam à mão. A ideia era estimular a sustentabilidade e o trabalho artesanal local. Após um ano, o projeto deu tão certo que os americanos criaram outro grupo de trabalho da ONG também em uma comunidade no Peru. O número de mulheres atendidas nos dois projetos chegou a 150 participantes. Com o ritmo acelerado de produção das peças, todas passaram a receber um salário justo que lhes permitisse planejar e estruturar suas próprias vidas.
Além de vendidos em lojas descoladas de Nova York e outras grandes capitais pelo mundo, os gorros podem ser encontrados também no site oficial do projeto. Veja, abaixo, três histórias de superação - e inspiração - atendidas pela ONG:
TUDO PELOS CINCO FILHOS
PILOYA ACOMPANHA DE PERTO AS OBRAS DE SUA NOVA CASA, ONDE TEM TAMBÉM UMA CRIAÇÃO DE PORCOS PARA COMPLEMENTAR A RENDA NO FIM DO MÊS (Foto: Reprodução)
PILOYA ACOMPANHA DE PERTO AS OBRAS DE SUA NOVA CASA, 
ONDE TEM TAMBÉM UMA CRIAÇÃO DE PORCOS PARA 
COMPLEMENTAR A RENDA NO FIM DO MÊS 
(Foto: Reprodução)
Piloya Vicky chegou a Krochet Kids há três anos com a esperança de pagar uma boa escola para seus cinco filhos. Mãe solteira, desde que entrou no programa ela não apenas conseguiu arcar com os estudos dos garotos, como já reserva dinheiro para que possam cursar uma universidade. Paralelo ao negócio, ela começou a criar porcos para complementar a renda. Resultado: a ugandense, que havia perdido a casa durante a guerra, hoje constrói uma nova moradia no norte do país.
DE SEQUESTRADA A "EMPRESÁRIA"
Durante a devastação, Akello Vicky foisequestrada e mantida em cativeiro, viu de perto sua família ser assassinada, e ainda teve que se casar com um dos comandantes que causou a devastação de sua cidade. Depois que seu filho nasceu, ela fugiu e se casou novamente. Sua vida só melhorou após se envolver no projeto. Hoje, ela consegue dar assistência médica e alimentação decentes para sua família e ainda poupar dinheiro para o futuro. "Antes minha vida era muito difícil. Agora sei que participo de algo produtivo. E meu padrão de vida ainda vai melhorar. Hoje tenho esperança para o futuro e posso cuidar da minha família. Afinal, amar alguém significa cuidar com todo o coração", diz Akello no site da organização.
QUASE UMA EMPRESÁRIA
JOSEPHINE NÃO CONSEGUE ESCONDER SUA SATISFAÇÃO COM A VIDA ATUAL  (Foto: Reprodução)
JOSEPHINE NÃO CONSEGUE ESCONDER SUA SATISFAÇÃO COM A VIDA ATUAL 
(Foto: Reprodução)


Akello Josephine começou a lutar com a vida logo cedo, ao se deparar com uma doença que não foi clinicamente diagnosticada e a deixou com algumas limitações físicas. Como seu pai faleceu muito cedo, ela teve, ainda, que trabalhar desde criança para sobreviver. Em maio de 2011, entrou para a ONG e, hoje, vive tranquila com seu marido e seu filho. Entre suas conquistas, um salário e uma plantação de tomate que administra com as técnicas aprendidas nas aulas de gestão de conflitos e de gestão de negócios e agronegócios que teve no projeto. A meta atual? Aumentar a produção e comercializar os pinheiros que começou a plantar ao lado de sua casa.
QUEM ACHA QUE É SÓ TRABALHO, PRECISA VER O QUANTO ESSAS MULHERES SE DIVERTEM  (Foto: Reprodução)
QUEM ACHA QUE É SÓ TRABALHO, PRECISA VER O QUANTO 
ESSAS MULHERES SE DIVERTEM (Foto: Reprodução)
Saiba mais sobre o projeto assistindo a um dos vídeos que mostra o trabalho da ONG:



http://revistamarieclaire.globo.com/Mulheres-do-Mundo/noticia/2013/02/tecendo-vidas-conheca-historia-de-superacao-das-mulheres-de-uganda.html

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