Contribua com o SOS Ação Mulher e Família na prevenção e no enfrentamento da violência doméstica e intrafamiliar

Banco Santander (033)

Agência 0632 / Conta Corrente 13000863-4

CNPJ 54.153.846/0001-90

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Deixa a menina dançar!

Por Luiza Tenan


“Cinco, seis, sete, oito”, quem já fez algum tipo de dança conhece bem essa contagem. As danças clássicas, como o ballet, jazz e sapateado exigem uma dedicação e disciplina que vão além da livre expressão corporal. É preciso que o bailarino ou dançarino siga regras e treine seu corpo para se adaptar àquele tipo de linguagem da dança. E cada uma tem um treino diferente, mas nem sempre a melhor opção é seguir regras, muito menos nas artes. 
  (Foto: divulgação)
(Foto: divulgação)
Quem provou isso foi uma simpática menina da cidade Bountiful, que fica em Utah, nos Estados Unidos. Era sua apresentação de sapateado e a música era “Broadway Baby from Follies”. Ela até que tentou seguir alguns poucos passos da coreografia, mas achou que a dela era mais legal, e fez! Enquanto todas as outras meninas seguiam a risca os passos ensinados, ela dançou no seu próprio ritmo e fez caras e bocas, conquistando a plateia. Ao final, ela mandou beijos para seus recém fãs que a aplaudiram de pé! 
Assista ao vídeo aqui
A professora de corpo Renata Mafra acredita que no processo de aprendizagem não se deve restringir a criatividade: “Na aprendizagem devemos sempre partir da livre expressão criativa do aluno. Deixá-lo criar livremente. Cada um de nós tem memórias, histórias, identidades registradas em nosso corpo. O trabalho de expressão corporal possibilita esse emergir do que cada um tem para oferecer e criar. Com a criança devemos trabalhar sua espontaneidade, seu movimento natural, deixar que ela construa e perceba seus movimentos e sua dança.
Conceitos e regras podem ser introduzidos a partir desse universo particular que a criança tem a oferecer, o adulto também. Não podemos sufocar o aluno com conceitos, regras e formas “corretas” de fazer tal exercício. Se formos por esse caminho estaremos formando um aluno capaz de reproduzir corretamente determinado passo ou movimento, mas incapaz de criar e construir algo singular. A arte deve focar a liberdade de criação, a autonomia, a capacidade de cada um poder descobrir, pesquisar formas de expressão que mostram a identidade e singularidade de cada um”.
Ser livre de formas pré-estabelecidas em um mundo onde as regras imperam, é uma privilégio para poucos. Dançar como se ninguém estivesse vendo, é a essência para se libertar e deixar esse energia da arte fluir pelo seu corpo. Tomara que ela nunca se esqueça disso.  

perfil Luiza Tenan - blog da Ruth (Foto: ÉPOCA)

Nenhum comentário:

Postar um comentário