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terça-feira, 29 de outubro de 2013

Mães de aluguel na Índia geram dois pares de gêmeos para casal britânico

barrigas de aluguel | Reuters
Mercado de barrigas de aluguel na Índia movimenta R$2,2 bi por ano.
Um casal britânico está esperando dois pares de gêmeos, gerados por duas barrigas de aluguel na Índia.
Os quatro bebês, com nascimento previsto para março, são resultado de um contrato entre o casal e uma clínica em Mumbai que oferece serviços de barriga de aluguel.
O marido, de 35 anos, e a mulher, de 36, não quiseram divulgar nomes. Eles foram à Índia em maio em busca de uma mulher que pudesse gerar seu bebê após terem sofrido dois abortos e passado por vários tratamentos fracassados de reprodução assistida em diversas clínicas da Grã-Bretanha.
Não há dados oficiais, mas de acordo com a advogada Natalie Gamble, especializada no mercado internacional de barrigas de aluguel, centenas de casais britânicos vão à Índia todos os anos em busca deste serviço, que movimenta mais de US$ 1 bilhão (R$ 2,2 bilhões) por ano no país.

Boa surpresa

Na clínica Corion, em Mumbai, os óvulos da britânica foram fertilizados com espermatozoides do marido, criando embriões que foram implantados em duas mulheres para aumentar as chances de gravidez.
"Nós tínhamos seis embriões e normalmente se usa apenas uma mãe de aluguel. Mas eu pensei: 'quero duas mulheres que vão receber três embriões cada' ”, relata o marido.
Um mês mais tarde, a clínica ligou para avisar que uma das mulheres estava grávida de gêmeos. Dias depois, outro telefonema:
"Eles haviam encontrado duas batidas de coração na segunda mulher", recorda a esposa.
O casal não quis divulgar quanto pagou à clínica, mas, em média, um pacote de barriga de aluguel na Índia custa entre US$ 27,5 mil (R$ 60 mil) e US$ 32,5 mil (R$ 70 mil) .
Eles dizem ser gratos às mulheres por estarem gerando seus filhos, mas insistem que não têm intenção de conhecê-las.
"Elas estão nos prestando um serviço. Com quanta regularidade você conversa com seu pedreiro ou seu jardineiro?", indaga a britânica.
O casal não parece temer o desafio de cuidar de quatro bebês de uma só vez e diz ter condições financeiras para educá-los.
O órgão regulador britânico, a Autoridade de Fertilização Humana e Embriologia (HFEA), recomenda a transferência de apenas um embrião em tratamentos de reprodução assistida e alerta para os riscos de gravidez múltipla, como morte prematura, aborto tardio e complicações para a saúde da mãe e do bebê.
Segundo Natalie Gamble, este procedimento não seria permitido na Grã-Bretanha, onde o uso de barrigas de aluguel é regido por regras estritas e o comércio é proibido.
A diretora da clínica na Índia, Kaushal Kadam, insiste que não é prática comum usar duas mães de aluguel para o mesmo casal.
"Geralmente usamos apenas uma mulher, mas há ocasiões em que os casais querem mais", admite.

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