Ao lado da diretora-executiva adjunta da ONU Mulheres, ministra Eleonora expõe compromisso do Brasil no combate à violência de gênero e ao tráfico de pessoas Foto: Isabel Clavelin/SPM
Na República Dominicana, organismo da ONU dedicado aos direitos das mulheres abre diálogo com países sobre discussões internacionais
“Nós precisamos do apoio de vocês e que nos digam como a igualdade de gênero é importante para a educação e a saúde. É preciso engajar diferentes países para a igualdade de gênero”, disse a diretora-executiva adjunta da ONU Mulheres, Lakshmi Puti em café da manhã com ministras da América Latina e Caribe. O encontro aconteceu, na quarta-feira (16/10), na República Dominicana, como evento integrado à 12ª Conferência Regional sobre a Mulher da América Latina e Caribe.
Na primeira intervenção do grupo de autoridades, a ministra Eleonora Menicucci, da Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República (SPM-PR), falou sobre a transversalidade de gênero nos ministérios brasileiros, inclusive com recursos orçamentários. E compartilhou a visão de aumentar o acesso das mulheres aos espaços de poder e decisão. “A participação política nos parlamentos é tão fundamental quanto ter presidenta no comando do país”, pontuou.
Na chefia da delegação brasileira, Menicucci sugeriu que a Argentina sedie encontro regional sobre a Comissão sobre a Situação da Mulher (CSW), prevista para o início de 2014, antes das discussões globais, marcadas para Nova York. Alegou indisponibilidade brasileira frente à Copa do Mundo de Futebol e outros grandes eventos.
“Faço aqui o pedido de apoio à divulgação da campanha de violência contra as mulheres, que faremos junto com a ONU Mulheres. É importante que possamos contar com o apoio de vocês e a mobilização das seleções de futebol dos seus países. Esse entrelaçamento na nossa região é decisivo para que não falemos sozinhas”, afirmou a ministra da SPM sobre o reforço da América Latina e Caribe para que a campanha ganhe visibilidade e sensibilize o mundo para o enfrentamento à violência de gênero e ao tráfico de mulheres.
Na rodada, foram abordados o crescimento do feminicídio (assassinato de mulheres pelo fato de serem mulheres) e a resposta dos governos para prevenir e combater essa realidade. Outro ponto de destaque foi a agenda pós-2015, expectativa de novos acordos internacionais depois da vigência dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM), metas estabelecidas pela ONU e pelos Estados-membros até 2015.
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