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sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Governo e sociedade civil articulam posicionamento do Brasil em conferência latino-americana e caribenha


17/10 – Governo e sociedade civil articulam posicionamento do Brasil em conferência latino-americana e caribenha
Negociadora oficial do Brasil, ministra Eleonora instaura reuniões diárias entre governo e sociedade civil Foto: Isabel Clavelin/SPM
São temas centrais: igualdade de gênero, empoderamento das mulheres e tecnologias de informação e comunicação. Encontro segue, até esta sexta-feira (18/10), na República Dominicana
 
Como presidenta da delegação brasileira na 12ª Conferência Regional sobre a Mulher da América Latina e Caribe, a ministra Eleonora Menicucci, da Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República (SPM-PR), deu iniciou às reuniões diárias com representantes dos ministérios do Desenvolvimento Agrário, Trabalho e Emprego e Relações Exteriores e de lideranças da sociedade civil, na tarde de terça-feira (15/10), em Santo Domingo.

Menicucci manifestou o interesse do governo brasileiro de manter aberto o diálogo com a sociedade civil, na medida do possível, a fim de assegurar espaços de expressão dos movimentos de mulheres e feminista no encontro latino-americano e caribenho. Explicou seu papel de negociadora oficial do Brasil e ofereceu uma credencial do país para revezamento de três integrantes da sociedade civil na sessão de discussão do documento da conferência. “Precisamos atuar com propostas concretas e trazer a dimensão das novas tecnologias de comunicação e informação como direitos humanos”, incentivou a ministra da SPM.

O evento segue, na República Dominicana, até esta sexta-feira (18/10). Coloca em evidência a igualdade de gênero, o empoderamento das mulheres e as tecnologias de informação e comunicação. Dentre os encaminhamentos, é esperado posicionamento sobre o documento “Mulheres na economia digital: superar a desigualdade”.

Na rodada de debate sobre o posicionamento do Brasil na conferência, a secretária da Mulher do Rio Grande do Sul, Ariane Leitão, chamou a atenção para a democratização dos meios de comunicação, tendo em vista “a padronização do uso do corpo das mulheres ao sabor do mercado”. Considerou que “a sociedade da informação e das novas tecnologias seja construída a partir da igualdade de gênero”.

Sobre o documento que segue em discussão na conferência, a feminista Analba Frazão, da Articulação de Mulheres Brasileira (AMB), alertou para a ausência do enfrentamento ao racismo no texto, o que demanda atuação incisiva do Brasil. E reiterou: “é preciso marcar a questão racial para além dos direitos das afrodescendentes. É preciso trazer a perspectiva de combate ao racismo”.

Para Guacira Oliveira, da Articulação de Mulheres Brasileiras e da Articulação de Feminista Marcosur, o texto da conferência deveria ser mais contundente em relação aos meios de comunicação. “Entendemos a comunicação como parte de um sistema político e a democratização da comunicação como questão de poder. Desse modo, a comunicação como direito pode ser melhorada no texto”, argumentou.

Liége Rocha, do Fórum de Instâncias de Mulheres de Partidos Políticos/Secretaria de Mulheres do PC do B, fez a crítica de que é preciso refletir mais sobre comunicação.  “A concentração da mídia se apresenta como um problema comum nos países latino-americanos. Tem influência política nos governos e, por isso, é necessário incorporar a democratização da mídia”, justificou.

Integrante do Conselho Nacional dos Direitos da Mulher (CNDM) pela Rede Economia e Feminismo (REF), Vera Machado agregou com o debate sobre “a influência que os livros didáticos têm por reproduzirem e reforçarem a desigualdade de gênero”.

Estiveram presentes à reunião: o diretor do Departamento de Direitos Humanos e Temas Sociais/Ministério de Relações Exteriores e vice-presidente da delegação brasileira, Alexandre Peña Ghislene; a secretária de Políticas de Trabalho e Autonomia Econômica das Mulheres da SPM, Tatau Godinho; a assessora especial da SPM Sônia Malheiros; a assessora institucional da SPM Rosa Maria Marinho; Renata Leite, da Diretoria de Políticas para as Mulheres Rurais/Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA); e Adriana Santos, do Ministério do Trabalho e Emprego.

Foram registradas as ausências das secretárias de Políticas para as Mulheres do Distrito Federal, Olgamir Amância, e do Maranhão, Catharina Bacelar, por questões profissionais – ambas convidadas a compor a delegação brasileira. Pela sociedade civil, Nilza Iraci, do Geledés – Instituto da Mulher Negra; Jurema Werneck, de Criola; e Silvana Veríssimo, do Fórum de Mulheres Negras. Pelo Fórum Nacional de Instâncias de Mulheres de Partidos Políticos, Laissy Morière, secretária da Mulher do Partido dos Trabalhadores (PT). 

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