Juiz destaca que cerca de 80% das mulheres desistem de manter a queixa logo na primeira audiência do caso enquadrado na Maria da Penha
20/08/2014
A lei nº 11.340, mais conhecida como Lei Maria da Penha, completou oito anos de implantação no último dia 7. Em Teresina, um ano após a criação da legislação, foram iniciadas as primeiras ações em rede para prevenir, fiscalizar e reprimir a violência contra a mulher. Oito anos depois, dos cinco mil processos gerados a partir da aplicação da Lei, somente 30 resultaram em condenações, o que representa 0,6% do total.
Todo o contexto da violência contra a mulher esbarra, inicialmente, na dificuldade de fazer com que as vítimas denunciem as agressões que sofrem. Os motivos são muitos, variados e colaboram para que a violência, física e psicológica, persista até que se transforme em um caso de homicídio.
O promotor Francisco de Jesus, responsável pelo Núcleo das Promotorias de Justiça de Defesa da Mulher Vítima de Violência Familiar e Doméstica (Nupevid), destaca que a questão é delicada, mas, na maioria das vezes, fica travada quando chega no juizado da mulher. Para ele, isso é um problema que desestimula as mulheres para que busquem fazer as denúncias.
Promotor Francisco de Jesus afirma que estatísticas sobre violência contra a mulher no Piauí estão espalhadas Foto: Assis Fernandes/O Dia |
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