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sábado, 31 de janeiro de 2015

Desigualdade de gênero custa US$ 9 trilhões, aponta relatório da ActionAid

A desigualdade de gênero no mercado de trabalho custa, todos os anos, US$ 9 trilhões às mulheres nos países pobres – mais do que os PIBs da Inglaterra, França e Alemanha juntos – afirma um relatório da ActionAid. Isso acontece porque seus salários são menores que os dos homens e elas não têm os mesmos níveis de empregabilidade. O cálculo foi feito com base nos rendimentos médios de homens e mulheres nos países em desenvolvimento.
Não podemos falar em desigualdade sem falar sobre a exploração do trabalho das mulheres. Enquanto líderes mundiais se encontram em Davos, na Suíça, para o Fórum Econômico Mundial, o relatório da ActionAid chama atenção para isso. A adoção de medidas para conter este problema pode melhorar sensivelmente a vida das mulheres, assim como ajudar as comunidades onde vivem, já que elas costumam gastar seus salários em alimentação, saúde e educação de suas famílias.
A ActionAid avalia que existem duas principais causas para a grande desigualdade nos países em desenvolvimento: as mulheres costumam ter empregos precários e exploratórios, trabalhando em fábricas de roupas, sendo vendedoras ambulantes ou empregadas domésticas. E elas tão pouco recebem as mesmas oportunidades de emprego que os homens, porque gastam uma boa parte do seu tempo cuidando de crianças, idosos e familiares doentes, todo o trabalho que é invisível e não remunerado. De acordo com o Banco Mundial, as mulheres passam até dez vezes mais horas que os homens em trabalhos não remunerados relacionados ao lar e à família.
Nos países pobres, as obrigações femininas ainda costumam incluir a coleta de combustível e água. A coordenadora de Políticas da ActionAid no Reino Unido, Lucia Fry, afirma:
"A cada ano, o trabalho das mulheres pobres subsidia a economia global com US$ 9 trilhões. Essas mulheres estão na base da pirâmide, presas a formas precárias de trabalho remunerado, enquanto assumem uma pesada carga de trabalho não remunerado, cuidando de suas famílias. Estamos falando das mulheres nas favelas de Bangladesh, que passam horas numa fila para pegar água para sua família, cozinham refeições em uma fogueira sob uma lona, limpam suas casas e depois passam 12 horas num turno de trabalho numa fábrica em troca de salário baixíssimos em condições terríveis de trabalho antes de retornarem para casa e retomar a jornada doméstica." 
Mulheres vivendo em situação de pobreza têm um grande potencial econômico e poderiam melhorar suas próprias vidas e de seus familiares. Os custos da desigualdade econômica para as mulheres não são apenas financeiros, também afetam suas escolhas de vida, deixando-as vulneráveis à violência e outras formas de discriminação e exploração.
A ActionAid pede uma ação conjunta de governos, empresas e instituições internacionais para valorizar o trabalho feminino na sua totalidade, desde suas funções de cuidadoras da família e da comunidade, até suas longas jornadas de trabalho.
"Este é um problema enorme e não algo que vamos corrigir de um dia para o outro, mas há passos que podemos tomar para tornar as coisas melhores para milhões de mulheres pobres em todo o mundo. Precisamos parar de acumular lucros sobre as perdas das mulheres pobres. Precisamos que os governos e as empresas se atenham a normas acordadas mundialmente a respeito dos direitos humanos e trabalhistas, livrem-se de leis e práticas discriminatórias, adotem políticas favoráveis à família e promovam as vozes das mulheres em todos os níveis."

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