Ana Carolina Queiroz foi selecionada para representar o Brasil em evento do G20 na China
09/06/2016 / POR ISABELA MOREIRA
Em agosto deste ano, a jovem Ana Carolina Queiroz, de 18 anos, embarca para a China com uma importante missão: representar o Brasil no Summit Girls(20), um congresso que reúne meninas representantes dos países do G20 e dos sindicatos africanos e do Oriente Médio. O objetivo é fazer com que as 24 escolhidas discutam sobre o engajamento econômico e o empoderamento feminino.
Queiroz foi selecionada por Farah Mohamed, a criadora do evento. A estudante brasileira se destacou por desenvolver um projeto que visa estimular meninas a participarem do ramo darobótica. “Meu projeto busca empoderar meninas de 10 a 14 anos que estão entrando na robótica e mostrar para elas que aquele espaço também é delas”, explica ela em entrevista à GALILEU. “Também vou formar mentoras com idades a partir de 15 anos para serem líderes e terem uma relação de amizade com as meninas mais novas.”MAIS
A ideia surgiu a partir da experiência de Queiroz, que se encantou com a robótica aos 11 anos, em um projeto escolar. Por muito tempo ela foi a única menina da turma, o que resultou em situações de machismo. “Naquela época eu ainda não sabia o que era o machismo, mas sentia que tinha alguma coisa errada”, conta. “Os meninos me subestimavam e tentavam me colocar para baixo. Era um ambiente muito masculino, eu tinha que trabalhar três vezes mais do que eles para provar meu valor.”
Por conta disso, a estudante está desenvolvendo um site de seu projeto — que está previsto para ser lançado no segundo semestre de 2016 — no qual disponibilizará materiais de estudo para as alunas e textos de apoio, tanto sobre robótica quanto sobre feminismo, para as mentoras. O objetivo é fazer com que as meninas mais novas se sintam confortáveis nos espaços de trabalho, além de ver as mais velhas como exemplos que podem seguir.
Uma vez pronto, o projeto será realizado em parceria com escolas que têm aulas de robótica, além de empresas de tecnologia que possam oferecer computadores e aparelhos adicionais para instituições na periferia, para que mais meninas possam ter acesso aos conteúdos.
A estudante tem ainda uma outra viagem empolgante marcada: em setembro ela se muda para os Estados Unidos para estudar na Universidade Stanford, na Califórnia. Para quem quer ser como Queiroz quando crescer, ela aconselha: “Não se sinta intimidada por algo por que dizem que é de menino. Quando somos mais novos nos importamos muito com o que os outros pensam, mas na vida adulta isso não importa mais.” Fica a dica para um futuro brilhante.
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