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sábado, 8 de outubro de 2016

3 hábitos sexistas no ambiente de trabalho (e como combatê-los)



Em guia feminista bem humorado, a autora Jessica Bennett ensina como identificar e desativar comportamentos sexistas no mundo profissional; eles são mais comuns do que você pensa



Ana Pinho, do , em 23.09.2016
Setembro tem sido um mês cheio para Jessica Bennett. A divulgação de seu novo livro, “Feminist Fight Club: An Office Survival Manual (For a Sexist Workplace)”, vai a pleno vapor e já recebeu ótimas críticas. Sheryl Sandberg, COO do Facebook e autora do bestseller “Faça Acontecer”, que se tornou um movimento em prol da liderança feminina, classifica a obra como “hilária e prática, cheia de ferramentas simples para lutar contra o sexismo no mundo do trabalho”.
Nos trechos do livro divulgados pelo Quartz, Bennett fala sobre situações cotidianas enfrentadas pelas mulheres e ensina o que fazer para virar o jogo. Uma das melhores dicas? Seja você mesmo(a) ou apoiador de mulheres. Ao ouvir uma ideia legal de uma colega, torne seu apoio público: meneie a cabeça, concorde em voz alta, bata palmas. Tudo conta. 
Abaixo, veja algumas das situações citadas pela autora:

Hábito 1: Assumir que a mulher é secretária
Não há nada de errado em trabalhar como secretária, mas é sexista tratar uma mulher como uma quando este não é seu cargo. Homens que perguntam se elas não querem fazer as anotações durante uma reunião ou pedem para pegar café para o cliente, por exemplo, são parte do problema.

O que fazer? Homens: não assumam que a mulher está ali porque é a secretária, ou a tratem como tal quando esse não é seu cargo. Saibam o que ela faz antes disso. Mulheres: pode ser difícil ou parecer rude dizer “não” (até porque muitas vezes o reflexo é já se oferecer para fazer essas tarefas), mas resista. Não se voluntarie.

Hábito 2: Apropriar-se da ideia da mulher
Apresentar ou colher os louros da ideia alheia e não corrigir quando alguém lhe credita algo por engano: tem quem faça isso de propósito. É uma realidade conveniente para um homem, já que historicamente se assume que o dono das ideias é ele.

O que fazer? Mulheres: fale alto, sem medo de usar palavras afirmativas e evite construções como “Mas sugiro que…” e “O que será que aconteceria se…” . Se possível, encontre um “amigo de reunião” (homem ou mulher), que vai ficar atento quando você falar e agir como seu suporte. Também é possível pescar o crédito de volta ao dizer “Obrigada por continuar minha ideia” ou “Isso mesmo, fico feliz que você concorda”. Se a ideia for incrível, a autora sugere manter um dossiê de evidências, resumindo do que se trata e copiando quem você achar necessário no email.

Hábito 3. Interromper a mulher
Pesquisadores que acompanharam reuniões em diversas empresas constataram que, nessas ocasiões, os homens costumam falar mais que mulheres e interrompem os outros com mais frequências – em dobro, caso elas estejam falando. No jargão do feminismo norteamericano, essa tendência maior a interromper sua interlocutora já ganhou até um nome próprio: manterrupting

O que fazer? Mulheres: Diante dessa situação, mantenham seu território dizendo algo como “Não tinha acabado meu ponto, me dê mais um segundo”, garantam seu espaço pessoal à mesa e fiquem próximas de onde as decisões estão realmente sendo tomadas (quanto mais cedo chegar, mais garantia de um bom lugar). Usar a linguagem corporal de forma afirmativa, mantendo sempre contato visual com os demais, também é uma boa ideia. Homens e mulheres: quando virem alguém nessa situação, percebam que podem ir ao seu auxílio interrompendo quem interrompeu e devolvendo a palavra à colega de maneira direta (“Espere, deixe ela terminar”) ou sutil (“Ana, qual é sua opinião? O que você pensa a respeito?”).

Na Prática

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