América Latina é onde mais cresce a participação feminina no mercado de trabalho, diz Banco Mundial
A América Latina registrou o maior crescimento da participação feminina no mercado de trabalho nas últimas três décadas. Mais de 70 milhões de mulheres passaram a trabalhar desde os anos 1980, elevando esse índice de 36% para 43%, de acordo com relatório do Banco Mundial. No Oriente Médio e Norte da África, a elevação foi de 0,17% ao ano no mesmo período.
O Relatório sobre o Desenvolvimento Mundial 2013: Empregosressalta a liderança do setor privado na criação de vagas em geral (não apenas para mulheres), chegando a 90% no Brasil entre 1995 e 2005. Mas afirma que, para manter o nível atual, serão necessários 600 milhões de empregos a mais em 2020 na comparação com 2005.
Hoje, em todo o mundo, mais de 3 bilhões de pessoas estão trabalhando – quase a metade na agricultura e em pequenas empresas familiares ou em trabalhos informais ou sazonais, nos quais as redes de segurança são modestas ou algumas vezes inexistentes e a renda é frequentemente escassa. O Brasil é exemplo de rápida formalização.
Na última década, a criação de empregos no setor formal no país tem sido três vezes mais rápida que setor informal. Só nos cinco anos que antecederam a crise, a participação no mercado formal de trabalho cresceu 5%. Programas de proteção social como o Bolsa Família, simplificação fiscal para pequenas empresas, maiores incentivos para empresas formalizarem seus trabalhadores, melhor aplicação de impostos e regulamentações trabalhistas contribuíram para este sucesso.
Os empregos são a base do desenvolvimento nos países emergentes, produzindo benefícios muito além da renda. Eles são fundamentais na redução da pobreza, no funcionamento das cidades e proporcionam aos jovens alternativas à violência.
“Precisamos encontrar as melhores formas de colaborar para o crescimento das pequenas empresas e propriedades agrícolas. Os empregos proporcionam esperança igual para todos. Representam paz para todos. Os empregos podem fazer com que países frágeis tornem-se estáveis”, afirma o Presidente do Grupo Banco Mundial, Jim Yong Kim.
A crise econômica global e outros eventos recentes levaram as questões de emprego ao centro do diálogo sobre desenvolvimento. “O desafio que enfrentam os jovens é, por si só, impressionante. Mais de 620 milhões de jovens não estão trabalhando nem estudando. Só para manter constantes as taxas de emprego, o número global de empregos terá de aumentar em cerca de 600 milhões em um período de 15 anos”, afirma Martin Rama, responsável pelo relatório.
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