Quando somos realmente atenciosos com alguém, nos colocamos em seu lugar. Ou seja, nos identificamos com a outra pessoa. Dessa capacidade de identificação nasce a condição básica para que o amor forte e profundo se desenvolva.
Colocar temporariamente os interesses e emoções do outro em primeiro lugar e deixar, temporariamente de lado, até mesmo sacrificar, os próprios sentimentos e desejos, ocorre se pudermos nos identificar com a pessoa amada. O amor é assim, atendemos o outro, antes mesmo de nos atender. E gostamos disso.
A identificação nos faz compartilhar da ajuda e da satisfação que oferecemos. Assim, retomamos aquilo que de bom grado demos. Somos quem dá e quem recebe.
Ao sermos amorosos, recriamos e aproveitamos a bondade que tanto desejávamos para nós. Como num túnel do tempo, estando no presente alteramos as frustrações e sofrimentos passados e projetamos para o futuro as condições de reparação e cuidado que tanto nos apaziguam.
Nenhum comentário:
Postar um comentário