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quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Vítimas do tráfico humano não recebem assistência adequada no sudeste asiático, denuncia documento da ONU


Anúncio conscientiza sobre o tráfico de seres humanos. Foto: IRIN/Mohamed Amin Jibril
Apesar do tráfico de seres humanos ser reconhecido como escravidão moderna, o relatório apoiado pela ONU, divulgado nesta segunda-feira (14), afirma que muitas vítimas da sub-região do Mekong e do Sudeste Asiático não recebem a ajuda adequada para a reintegração em suas comunidades.
De acordo com o relatório, intitulado Após o tráfico: experiências e desafios na (re)inserção de pessoas traficadas na sub-região do Grande Mekong, o apoio oferecido às vítimas do tráfico deve ser dado de forma que restaure a sensação de controle das vítimas sobre suas próprias vidas. Quando o apoio é fornecido de uma forma que não respeita a vontade das vítimas ou quando é dado mesmo contra a sua vontade, pode resultar em mais trauma e na continuação de sua vitimização.
A sub-região do Mekong sofre com diversos padrões de tráfico humano – interno, transfronteiriço, altamente organizado ou de pequena escala, de sexo e trabalho, através de mecanismos de recrutamento formal e informal. Homens, mulheres, crianças e famílias que são vítimas do tráfico passam pelo Laos para ir para a Tailândia, Mianmar e Camboja para a prostituição forçada, servidão doméstica, trabalho forçado em fábricas, barcos de pesca, locais de construção e plantações. Meninas e mulheres que vivem no interior do Vietnã também são traficadas para exploração sexual e venda de virgindade no Camboja.
Crianças na fronteira do Camboja, Mianmar, Vietnã rural ou China são traficadas para mendigar ou vender flores nas ruas de grandes cidades, enquanto as mulheres e as meninas da Tailândia, Camboja, Mianmar e Vietnã são cada vez mais encontradas na prostituição forçada ou servidão doméstica na Malásia. Mulheres tailandesas traficadas também são encontradas no comércio do sexo em Hong Kong, Taiwan, Japão, África do Sul, Oriente Médio, Estados Unidos e Europa Ocidental.
O relatório foi elaborado pelo Instituto Nexus – um centro internacional independente de pesquisa e políticas de direitos humanos, com o apoio da UNIAP, ONU e parceiros da sociedade civil que lidam com a questão do tráfico humano. Pesquisadores viajaram por todas as regiões para realizar entrevistas com mais de 250 sobreviventes do tráfico, coletando suas histórias e experiências para dar voz às vítimas que superam o horror de suas experiências e reconstroem suas vidas.
Embora as estimativas do número de pessoas que são vítimas do tráfico variem consideravelmente, as que recebem assistência fazem parte de uma minoria.

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