Agência situa número de vítimas em 3,7 milhões no continente; grande preocupação prende-se com falta aplicação de leis sobre os temas.
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.
A Organização Internacional do Trabalho, OIT, junta os países africanos na capital zambiana, Lusaka, com vista a ajudar a impulsionar a campanha contra o trabalho forçado e o tráfico no continente.
O encontro de reflexão e de partilha de informações decorre nesta terça e quarta-feira. As recomendações devem servir de base para um plano de ação para África.
Coação
Estima-se que o continente tenha 3,7 milhões, dos 21 milhões de vítimas de trabalho forçado. A maioria "atua sob extrema coação, principalmente na economia informal e ilegal."
A agência refere ainda que quatro em cada mil africanos tenham sido expostos a situações similares em determinado momento.
Desafios
Mas o tipo de trabalho tem recebido menos atenção no continente, em parte pelo que a OIT considera desafios na recolha de informações fiáveis sobre a extensão e a natureza do problema.
Nos últimos anos, a agência diz terem sido adotadas leis nacionais mais rígidas, aliadas à ação a nível regional devido a relatos de graves abusos em vários países. O outro fator impulsionador foi a crescente preocupação sobre o trabalho forçado e o tráfico de seres humanos.
Mas apesar da legislação sobre o tema, a agência refere que muitas vezes esta ainda não é suficientemente aplicada.
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