Empoderamento feminino por iniciativas empreendedoras
Escrito por Lyana Bittencourt, especialista em empreendedorismo
Editado por Mariana Desidério, de EXAME.com
20/07/2016
A evolução da mulher como empreendedora no Brasil vem revelando para a comunidade empresarial características muito benéficas de sua personalidade que impactam positivamente no resultado dos negócios.
No passado, a mulher entrava para o mundo dos negócios como empreendedora muitas vezes por necessidade e para ajudar a complementar a renda familiar. Existia no meio empresarial um preconceito sobre a capacidade da mulher de estar à frente de uma grande corporação, em qualquer segmento, sobre sua liderança frente aos demais executivos, masculinos, e sua capacidade de gerar resultados para a empresa.
Hoje a situação é muito diferente. A mulher vem a cada ano ocupando mais espaço nas corporações, pequenas, médias e grandes, provando sua capacidade de empreender e de liderar grandes equipes. A geração baby bommer e a geração X, pessoas que acompanharam a evolução da competitividade no mercado de trabalho, incentivaram seus filhos na busca de capacitação e profissionalização, que garantisse a eles uma posição digna no mercado de trabalho, inclusive as mulheres.
A ampla e irrestrita disponibilidade do conhecimento e de todos os níveis de informações sobre o mundo dos negócios, os cases de empreendedores de sucesso, as startups que em pouco tempo viraram empresas de bilhões de dólares, os jovens que entraram para a lista das maiores fortunas do mundo, tudo isso despertou e vem despertando o interesse de milhões de jovens em todo o mundo para o empreendedorismo.
Nesse contexto, muitas mulheres vêm se destacando à frente de negócios próprios, desenvolvidos por elas. Sabidamente, a maioria atua em PMEs, porém, com uma parcela na liderança de grandes corporações. Tudo isso é uma grande evolução.
As famílias hoje também têm outro comportamento, impactadas pela evolução da tecnologia e do conhecimento. O homem já não tem a cabeça do marido do passado de que a mulher deve ficar apenas com a responsabilidade para cuidar dos filhos, da casa e dele.
Hoje o casal pensa em se desenvolver profissionalmente ou empreender juntos. O homem incentiva a mulher e vice-versa. Juntos cuidam dos afazeres da casa e dos filhos, porque ambos trabalham.
O perfil multifacetado, equilibrado e racional da mulher contribuiu para sua capacitação para assumir riscos. Muitas estão abrindo mão de seu emprego estável para empreender. Nessa jornada muitas também tiverem muito sucesso.
Hoje temos vários cases no franchising de mulheres que começaram com pequenos negócios e atualmente têm uma rede de grande valor. Podemos citar aqui o case da Sodiê Doces, que iniciou fazendo bolo sob encomenda em sua casa e balas de coco, e hoje tem uma rede com mais de 250 unidades. A marca atingiu um valor jamais imaginado por essa empreendedora.
A globalização, a evolução da tecnologia e do mundo digital sem barreiras, também contribuiu com essa mudança de comportamento. Hoje a mulher não busca só um diploma, ela quer se realizar profissionalmente, ou fazer carreira em empresas de destaque no mercado ou empreender e realizar o sonho do negócio próprio. Cada vez mais ela se empodera de conhecimento e de experiências, reduzindo em muito as diferenças do passando entre o homem e a mulher.
Lyana Bittencourt é diretora de marketing e desenvolvimento do Grupo Bittencourt.
Envie suas dúvidas sobre empreendedorismo feminino para pme-exame@abril.com.br.
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