Contribua com o SOS Ação Mulher e Família na prevenção e no enfrentamento da violência doméstica e intrafamiliar

Banco Santander (033)

Agência 0632 / Conta Corrente 13000863-4

CNPJ 54.153.846/0001-90

sábado, 23 de julho de 2016

Movimento Mulher 360, Insper, PwC Brasil e ONU Mulheres promovem evento para falar sobre vieses inconscientes no setor corporativo

Evento reuniu especialistas que abordaram algumas das causas e consequências da ausência de diversidade dentro das empresas

07.07.2016

Todos os dias fazemos associações automáticas que resultam em suposições, julgamentos e atitudes em relação a outras pessoas. Essas associações são chamadas de vieses inconscientes. Os vieses inconscientes levam a estereótipos sociais, mesmo que sutis e acidentais, que as pessoas mantêm sobre diferentes grupos. Em situações cotidianas, o ser humano frequentemente se baseia em julgamentos intuitivos que são processados rapidamente pelo cérebro, relacionados a associações com memórias antigas, noticiário, novelas, aulas, conversas com seus círculos sociais restritos. Isso significa que processos neurais e cognitivos muitas vezes levam a conclusões automáticas, dificultando o fim da discriminação.
Atualmente, apesar de as empresas e organizações avançarem na criação de políticas que impulsionam ambientes diversos e inclusivos, estudos mostram que as mulheres, assim como negras e negros, indígenas, pessoas com deficiência, entre outros, continuam sendo sub-representadas e enfrentam barreiras para alcançar todo o seu potencial.
Um fator frequentemente esquecido é a necessidade de abordar as associações implícitas e preconceitos inconscientes que podem formar uma barreira invisível, dificultando que políticas e programas de igualdade de gênero de uma empresa cumpram seu propósito. Tratam-se dos vieses inconscientes.
Como esse assunto ainda é desconhecido por muitas empresas, em junho deste ano, o Insper, o Movimento Mulher 360, a PwC Brasil e a ONU Mulheres realizaram o evento “O inconsciente nas tomadas de decisão”. A oficina teve o objetivo de apresentar o que são esses vieses e inspirar caminhos para que eles sejam trabalhados nas empresas. Associados do Movimento Mulher 360, signatários dos WEPs e parceiros da PwC Brasil e Insper formaram o público do encontro. Um vídeo foi produzido a partir das falas do evento e está disponível a partir de hoje para visualização e compartilhamento pelos sites das organizações parceiras e redes sociais.
A oficina contou com as palestras dos seguintes especialistas: Ana Carolina Querino, ONU Mulheres; Tatiana Trevisan, Movimento Mulher 360; Professor Antonio Pereira, do Instituto do Cérebro da UFRN; Professora Regina Madalozzo, Insper; Ana Paula Malvestio, PwC Brasil; Cláudia Cavalcante, Unilever; Silvia Tyrola, Accenture, Regina Chamma, Google; Gilberto Rigolon, Nestlé; e Daniela Sicoli, Microsoft Brasil.
Margareth Goldenberg, coordenadora do Movimento Mulher 360, destacou a importância de trabalhar este assunto nas empresas. “Acreditamos que seja fundamental que essa discussão aconteça nesses locais, para que todos possam entender o que são os vieses inconscientes, ajudar a neutralizá-los e avançar.”
Para as empresas colocarem a mudança em prática, entre os diversos exemplos, Regina Madalozzo, professora associada do Insper, enfatizou os treinamentos como ferramenta, mas também a ação rápida no dia a dia. “Até eu me dar conta e perder o viés, eu levo muito tempo. Treinamentos são importantes, mas conseguir pontuar um comportamento enviesado na hora certa e do jeito certo também tem a sua importância”, destaca.
Ana Carolina Querino, Gerente de Programas da ONU Mulheres, trouxe à tona um questionamento importante sobre a percepção social. “Normalmente a gente fica muito relacionado com a impressão de que as pessoas ocupam determinados espaços na sociedade – incluindo as empresas e instituições – por mérito. Mas o que é esse mérito? O que que tem por trás dessa noção de mérito?”
Ana Paula Malvestio, Sócia da PwC Brasil, mencionou a importância do envolvimento pessoal das pessoas para o engajamento no rompimento de barreiras para a valorização da diversidade e a inclusão. “Eu só acredito que as pessoas entendem o que é diversidade e inclusão a partir de experiências e sentimentos, a partir da sua própria emoção”.
Adriana Carvalho, Assessora da ONU Mulheres para os Princípios de Empoderamento das Mulheres, adicionou que o entendimento de que não somos tão racionais como acreditamos ser é a chave para sensibilizar o gestor a começar a conversar. “Esse é o tipo de modelo que precisamos para caminhar mais rápido nos próximos 15 anos. Se quisermos realmente um planeta 50/50 em 2030, precisamos colaborar”, enfatizou.
Os Princípios de Empoderamento das Mulheres (Women’s Empowerment Principles – WEPs, em inglês) trata-se de uma iniciativa lançada pela ONU Mulheres e Pacto Global da ONU em 2010 com o objetivo de promover a equidade de gênero nas empresas, no ambiente de trabalho e na comunidade.
Conheça os sete princípios:

1. Estabelecer uma liderança corporativa de alto nível para a igualdade de gênero.
2. Tratar todos os homens e mulheres de forma justa no trabalho – respeitar e apoiar os direitos humanos e a não discriminação.
3. Assegurar a saúde, segurança e o bem estar de todos os trabalhadores e trabalhadoras.
4. Promover a educação, a formação e o desenvolvimento profissional das mulheres.
5. Implementar o desenvolvimento empresarial e as práticas da cadeia de fornecedores e de marketing que empoderem as mulheres.
6. Promover a igualdade através de iniciativas comunitárias e de defesa.
7. Medir e publicar relatórios dos progressos para alcançar a igualdade de gênero.

Para maiores informações, acesse: http://portuguese.weprinciples.org

Nenhum comentário:

Postar um comentário