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sábado, 3 de fevereiro de 2018

Depois da polémica, organização dos Grammys promete lutar pela igualdade de género

2 FEV 2018

A organização dos Grammys prometeu empenhar-se mais para superar o desequilíbrio de género, depois de vários artistas terem criticado a ausência de prémios para mulheres e pelos comentários do diretor da organização.

A Recording Academy, formada por 13 mil músicos profissionais que votaram nos prémios mais prestigiados da indústria, disse que está a organizar uma comissão independente para analisar a representação dos géneros nos Grammy Awards.


O painel vai "analisar todos os aspectos do que fazemos como organização e identificar onde podemos fazer mais para superar barreiras explícitas e inclinações inconscientes que impedem o avanço das mulheres na comunidade musical", afirmou o presidente e diretor executivo da Academia Neil Portnow, em comunicado.

Os comentários de Portnow, o produtor musical que dirige a Recording Academy desde 2002,  geraram indignação no domingo, ao explicar como as mulheres poderiam ganhar mais prémios. A mudança "tem de começar pelas mulheres que têm a criatividade no seu coração e na sua alma, que querem ser artistas, engenheiras de som, produtoras, que querem fazer parte da indústria a nível executivo, deem um passo à frente", assinalou.

Várias artitas criticaram as declarações de Portnow. A artista neozelandesa Lorde, a única nomeada na categoria de álbum do ano, publicou uma carta escrita a mão no jornal The New Zealand Herald, na qual agradeceu aos seus fãs pelo apoio ao disco "Melodrama". "Obrigada, também, por acreditarem nas mulheres da músicas. Vocês estabeleceram um bonito precedente!", assegurou.

A norte-americana Pink também criticou as palavras de Neil Portnow ao sublinhar que "as mulheres na música não precisam de 'dar um passo à frente'. As mulheres deram passo em frente desde o início".

Honrar as mulheres é, na sua opinião, ensinar "a próxima geração de mulheres, raparigas, rapazes e homens o que significa serem iguais e o que significa serem justos", segundo uma nota escrita a mão publicada no seu Twitter.

Katy Perry juntou-se às críticas afirmando que "todos temos a responsabilidade de acabar com esta absurda falta de igualdade por todas as partes". "Estou orgulhosa de TODAS as mulheres que fazem uma arte incrível apesar das resistências contínuas", manifestou nas redes sociais.

A cantora britânica Charlie XCX reiterou que "as mulheres fazem músicas incríveis hoje em dia". "Do que é que ele está a falar?", questionou em referência a Portnow.

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