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domingo, 26 de maio de 2019

Estudo mostra que assistentes de voz feminina reafirmam estereótipos danosos

Relatório da ONU mostra como assistentes como Alexa e Siri acabam sendo prejudiciais para a educação

23.maio.2019

Assistentes de voz são um grande facilitador das nossas vidas no século XXI. Tecnologias como por exemplo a Siri, da Apple, e a Alexa, da Amazon, se tornaram figuras constantes na rotina de vida dos americanos e aos poucos engatinham para se tornar importantes também no resto do mundo.

Entretanto, nem tudo são flores. Boa parte desses sistemas de assistência por voz possuem uma voz feminina, e de acordo com um estudo da ONU este fato serve para reafirmar estereótipos de gênero bastante negativos. Um dos exemplos citados é o da Siri, que caso seja chamada de “slut” (vadia) responde com “I’d blush if I could” (algo como “eu ficaria envergonhada, se pudesse”), situação que reforça a ideia machista de que mulheres são dóceis e buscam por aceitação, mesmo quando atacadas com ofensas.

O relatório completo ainda pede que empresas como Google, Amazon, Apple e Microsoft parem de criar assistentes de voz que tenham, como modelo padrão, vozes femininas, e afirma que o ideal seria ter vozes neutras (ou o mais próximo possível disso).

Segundo o Engadget, a questão se tornará cada vez mais importante, dado o fato de que assistentes de voz serem cada vez mais presentes na rotina da sociedade. De acordo com o relatório, pesquisas de voz em dispositivos móveis, por exemplo, já representam quase 20% das pesquisas feitas em celulares. Estima-se que, até 2020, esse número chegue a 50%.

A preocupação é que, aos poucos, a interação entre pessoas e assistentes de voz se torna tão comum quanto entre dois seres humanos, e o fato de alguns desses sistemas reafirmarem preconceitos contribui para a manutenção de relações tóxicas e machistas na sociedade.

Para conferir todo o estudo (publicado em inglês), clique aqui. O relatório possui 146 páginas, que analisam minuciosamente os sistemas de assistência por voz e embasam a defesa de que eles são, no modelo atual, prejudiciais para a educação da população quanto às questões de gênero.

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