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sábado, 22 de dezembro de 2012


Jovem ativista paquistanesa pede que escola não leve seu nome


DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

A jovem ativista paquistanesa Malala Yousafzai concordou com a reversão da decisão de renomear uma escola para meninas em sua homenagem depois que estudantes afirmaram que esta ação poderia colocá-las em perigo, informou uma autoridade local nesta sexta-feira.

Cerca de 150 estudantes boicotaram as aulas e rasgaram fotos de Malala na semana passada em protesto contra a mudança de nome da escola Saidu Sharif, afirmando que a ação poderia torná-las alvos de militantes.


Sherin Zada - 12.dez.2012/Associated Press
Estudante rasga foto da ativista paquistanesa Malala Yousufzai na escola que levaria o nome dela no Paquistão
Estudante rasga foto da ativista paquistanesa Malala Yousufzai na escola que levaria o nome dela no Paquistão

Malala foi baleada em seu ônibus escolar na região de Swat, no noroeste do Paquistão, por talebans armados por promover a educação de mulheres, mas sobreviveu à tentativa de assassinato e agora se recupera em um hospital da Grã-Bretanha.
A autoridade local do governo de Swat, Kamran Rehman, disse à agência de notícias France Presse que conversou na segunda-feira (17) por telefone com Malala, cuja história causou comoção em todo o mundo.
"Malala Yousafzai me ligou do hospital de Birmingham e disse que o governo provincial deve reverter para o nome antigo se há temores relacionados à segurança entre as estudantes", disse Rehman.
"Malala expressou preocupação com os perigos enfrentados pelas estudantes depois que a escola foi renomeada, afirmando que não gostaria que a vida de ninguém fosse ameaçada".
O caso de Malala foi reconhecido no mundo todo por sua luta pelos direitos das mulheres no Paquistão, e os talebans prometeram atacá-la novamente. O grupo tem forte presença nas regiões tribais do país que fazem fronteira com o Afeganistão.
A jovem foi eleita uma das personalidades do ano pela revista americana Time.

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