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sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Estupro nas Forças Armadas dos EUA: quebrando o silêncio

Uma nova campanha pode ter sucesso em fazer com que o Pentágono reconsidere sua posição?
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Lavena Johnson foi estuprada e assassinada oito semanas após ser despachada para o Iraque (Reprodução/Internet)
Lavena Johnson era uma garota de 19 anos do Missouri que se alistou no exército em 2005 a fim de juntar dinheiro para pagar a faculdade. Ela foi despachada para o Iraque, onde, oito semanas depois, foi aparentemente estuprada e assassinada.

Apesar de um relatório de autópsia e fotos terem revelado que ela teve o nariz e dentes quebrados, a genitália queimada por um detergente forte e um ferimento causado por uma bala, o qual parecia inconsistente com um suicídio, o Departamento de Defesa (DD) julgou que a jovem soldada negra havia se matado. Petições para o Congresso, um documentário e uma investigação realizada pelo Instituto Cold Case Research não persuadiram o Pentágono a voltar atrás em sua controversa deliberação de que o que ocorreu foi um suicídio.

Agora Nikky Finney, ganhadora do National Book Award na categoria poesia em 2011, entrou no ringue. Nikky, uma mulher negra nascida e criada na Carolina do Sul durante a era dos direitos civis, afirma ter “testemunhado, quando ainda era muito jovem, pessoas muito boas participando de campanhas em prol da justiça social”. Em aulas abertas e outros lugares em seu estado natal, onde leciona na Universidade da Carolina do Sul, Finney lê um grande poema em progresso sobre LaVena. “Não há sinais de alerta,/ pregados em portas de recrutamento,/ para os melhores estudantes de dezenove anos/ que cresceram amando violinos”, diz o poema. “A linha tracejada que você assinou, LaVena, deveria incluir o relatório/ sobre o qual o seu pai não sabia… Com sua mâo sobre o coração,/ repita comigo: Toda mulher/ que entra por esses portões têm/ uma chance mais alta de ser estuprada do que ser morta/ por fogo inimigo”.

As mulheres do Congresso conhecem esse dado, e algumas delas estão tentando forçar as Forças Armadas a reavaliarem a maneira como lidam com casos de estupro. (Ataques sexuais, de acordo com o Guia de Estudos do exército, incluem o estupro homossexual e heterossexual, bem como sexo oral ou anal não consensual, contato sexual não autorizado, carícias, ou tentativas de cometer tais atos.) O Departamento de Defesa anunciou em maio que os casos registrados de ataques sexuais em todas os ramos das Forças Armadas aumentaram em quase 6% em 2012, para 3.374. Com base em respostas de pesquisas anônimas realizadas pelo Departamento de Defesa com todos os militares, no entanto, estima-se que ocorreram 26.000 casos de ataques sexuais no ano passado, uma alta em relação aos estimados 19.000 casos de 2010. Dentre os 3.374 registrados, apenas 302 foram julgados e 238 pessoas condenadas.

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