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sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Prisões da Califórnia são acusadas de esterilizar detentas entre 2006 e 2010 - Opinião e Notícia

Segundo a denúncia, cerca de 150 detentas foram submetidas à cirurgia de laqueadura entre 2006 e 2010
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Mulheres selecionadas para a cirurgia
estavam grávidas quando cumpriam 
a sentença (Reprodução/G1)
Médicos contratados pelo Departamento Estadual de Correções e Reabilitação da Califórnia, nos EUA,  realizaram procedimentos cirúrgicos para esterilizar cerca de 150 detentas, entre 2006 e 2010.
As detentas submetidas ao procedimento cumpriam sentença na Instituição da Califórnia para Mulheres, em Corona, e na Prisão Valley State, em Chowchilla, que atualmente é uma prisão para homens. As mulheres selecionadas para a cirurgia estavam grávidas quando cumpriam a sentença.
Segundo informações do Center for Investigative Reporting, a equipe médica dos presídios coagiam as detentas a aceitar o procedimento após o parto. Ao menos 148 mulheres foram submetidas à cirurgia de laqueadura. Suspeita-se que durante a década de 1990, outras 100 mulheres tenham sido submetidas ao mesmo procedimento. Dados encontrados nos contratos feitos entre médicos e o estado da Califórnia mostram que, entre 1997 e 2010, foi gasto um total de US$ 147.460 mil para a realização do procedimento.
A denúncia revela uma grave violação às leis de conduta carcerárias do país. Ex-detentas afirmam que eram coagidas pela equipe médica da prisão, que visava principalmente aquelas com maior chance de reincidência criminal.
Crystal Nguye, ex-detenta que em 2007 trabalhou na enfermaria da Prisão Valley State,  disse que frequentemente escutou a equipe médica pressionando as detentas a aceitar passar pela cirurgia. “Eu pensava ‘Meu Deus, isso não está certo. Eles pensam que elas são animais e não querem que elas continuem procriando?’”, disse Crystal.
Outra detenta da Valley State, Christina Cordero, disse que concordou em se submeter à laqueadura após ser pressionada várias vezes pelo obstetra James Heinrich. “Assim que ele descobriu que eu tinha cinco filhos, ele sugeriu que eu considerasse fazer a cirurgia. Quanto mais perto eu chegava de dar à luz, mais ele falava sobre isso. Ele me fez sentir que se eu não fizesse seria uma mãe ruim. Hoje eu me arrependo de ter concordado”, disse Christina.
Em entrevista ao Center for Investigative Reporting, Heinrich se defendeu das acusações, alegando que provia um importante serviço para mulheres pobres, sujeitas a risco de saúde em alguma gravidez futura por conta de cesarianas feitas no passado.

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