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sábado, 15 de março de 2014

Sustain: a primeira camisinha sustentável do mundo

Como são feitos os preservativos? Poucos sabem, mas apesar de serem idealizados para proteger, podem fazer mal – ao meio ambiente, aos trabalhadores e à saúde. Para chamar a atenção para a questão de forma sutil, sem tirar o foco do que o produto “faz”, pai e filha se uniram para criar a primeira camisinha ecologicamente correta, certificada e de comércio justo

Marina Maciel
Planeta Sustentável

Quem disse que sexo não tem relação com sustentabilidade? O movimento do "eco-sexo" prega uma nova revolução: a do sexo consciente, livre de produtos químicos danosos ao meio ambiente. A partir de fevereiro, prateleiras de supermercados e farmácias americanos ganham produto pioneiro com essa proposta: a Sustain, uma camisinha sustentável. "Faça o que é natural", diz o slogan.

Idealizado pelo fundador da Hollender Sustainable Brands, Jeffrey Hollender, e sua filha Meika, o novo preservativo é fabricado sem o uso de produtos tóxicos, é vegano e não testado em animais. Trata-se da primeira camisinha ecologicamente correta, de comércio justo e feita de látex certificado pelo selo FSC - Forest Stewardship Council.

O novo preservativo também tem outra função, não tão perceptível: reduzir o constrangimento das mulheres ao comprar camisinhas. Segundo os idealizadores, se adquirir produtos orgânicos no mercado é motivo de orgulho para os consumidores, comprar camisinhas orgânicas também pode ser.

Na primeira etapa de vendas, as mulheres são o principal público-alvo. Mas o produto não chamará atenção pelo que tem a mais do que outros da categoria. Segundo a empresa, é o que não está nos preservativos Sustain - como químicos cancerígenos - que vai repercutir mais com o público. "Algumas coisas não pertencem ao corpo feminino e a triste verdade é que produtos demais são feitos com químicos potencialmente perigosos", declarou Meika.

CADEIA PRODUTIVA CONSCIENTE
Até 2018, a previsão é que a indústria global de preservativos atinja a marca de US$ 5,4 bilhões em valor de mercado, sugere a pesquisa Condom Markets Research. O motivo? A preocupação crescente com a disseminação de diferentes doenças sexualmente transmissíveis, especialmente HIV/AIDS, e a necessidade de um método contraceptivo seguro e acessível.

Enquanto produtos orgânicos e de comércio justo nos Estados Unidos representam US$ 25 bilhões, Sustain será a primeira marca de camisinhas a entrar no mercado. "Acreditamos que existe uma necessidade significativa para uma camisinha mais segura e ética com o trabalhador, já que as tradicionais são feitas com químicos tóxicos e trabalho infantil", disse Hollender.

A indústria tradicional de camisinhas tem histórico de uso de químicos tóxicos, mão-de-obra infantil, violações de direitos humanos, destruição ambiental e bilhões de dólares de lucro que dependem de externalização de custos para a sociedade e para o planeta.

Além de monitorar o uso de produtos químicos na plantação de seringueiras, a certificação FSC acompanha a biodiversidade local das plantas, insetos e animais, para garantir que não apenas o látex esteja seguro, mas também a floresta como um todo.

Apesar de não se ter conhecimento de borracha geneticamente modificada ainda, a companhia testou o produto para verificar se as moléculas foram alteradas de alguma forma. Não foram.

A empresa atesta que não há trabalho infantil envolvido com a colheita e que os filhos dos seringueiros vão à escola. "Assistência médica e educação são gratuitas, e até agora 100% das crianças têm ido à faculdade", garante Hollender.

Livre de testes em animais, a camisinha também recebeu certificação vegana da Vegan Awareness Foundation, que atestou que a Sustain está livre de produtos animais ou derivados de animais.

A expectativa da Hollender Sustainable Brands é, no primeiro semestre de 2014, tornar-se membro do movimento global Empresas B, que reúne mais de 850 companhias de todo o mundo dispostas a usar a força de seus negócios para ajudar a resolver questões sociais e ambientais da atualidade.

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