11/03/2015 – por Lady Sybylla
E a ciência brasileira, feita por mulheres, brilha mais uma vez! O Prêmio L’Oréal-Unesco Para Mulheres Ciência anunciou suas vencedoras e entre elas temos duas brasileiras. Uma é a astrofísica Thaisa Storchi Bergmann, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), uma das mais renomadas no mundo, que estuda buracos negros supermassivos. São estruturas imensas formadas por estrelas moribundas, planetas, nuvens de gás e outros elementos que foram atraídos pela gravidade, do Big Bang até hoje. Essas estruturas também ajudam a entender a evolução do nosso sistema solar, a gravidade e o futuro do universo.
E a ciência brasileira, feita por mulheres, brilha mais uma vez! O Prêmio L’Oréal-Unesco Para Mulheres Ciência anunciou suas vencedoras e entre elas temos duas brasileiras. Uma é a astrofísica Thaisa Storchi Bergmann, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), uma das mais renomadas no mundo, que estuda buracos negros supermassivos. São estruturas imensas formadas por estrelas moribundas, planetas, nuvens de gás e outros elementos que foram atraídos pela gravidade, do Big Bang até hoje. Essas estruturas também ajudam a entender a evolução do nosso sistema solar, a gravidade e o futuro do universo.
A segunda cientista brasileira vem do programa “Talentos Internacionais em Ascensão” (em inglês, “International Rising Talents”), criado pela parceria L’Oréal-UNESCO, cujo objetivo é acelerar o avanço de 15 jovens mulheres cientistas no mundo. Carolina Andrade, farmacêutica e professora da Universidade Federal de Goiás (UFG), foi reconhecida pelo programa por sua pesquisa para o tratamento da Leishmaniose, doença que afeta 12 milhões de pessoas em todo o mundo. Em 2014, Carolina foi uma das sete vencedores do único programa brasileiro de incentivo às mulheres na ciência, também realizado pela parceria da L’Oréal com a UNESCO e a Academia Brasileira de Ciências. Thaisa e Carolina serão homenageadas no dia 18 de março, em cerimônia que acontecerá na Sobornne, em Paris.
A pesquisa desenvolvida por Carolina Andrade, intitulada “Busca e planejamento de novos candidatos a fármacos (princípios ativos) para a Leishmaniose”, teve início há quatro anos e tem o objetivo de encontrar novos medicamentos de baixo custo que sejam eficazes para o tratamento da doença. Segundo Carolina um dos motivadores para o estudo seria o fato de a leishmaniose ser negligenciada pela indústria farmacêutica.
Trata-se de um grave problema de saúde pública, principalmente em países subdesenvolvidos e em desenvolvimento como o Brasil, e que causa um elevado número de mortes por ano. O atual tratamento não é eficaz, pois os medicamentos utilizados pelo mercado foram desenvolvidos há 50 anos e são muito tóxicos, causam efeitos colaterais nos pacientes.
O prêmio este ano coincide com o Ano Internacional da Luz da Organização das Nações Unidas, liderado pela UNESCO. A luz simboliza a ciência em si e o progresso que ela traz, uma metáfora para o conhecimento, a sabedoria e a inteligência. As Laureadas pelo prêmio e os Talentos Internacionais em Ascensão de 2015 são um exemplo de luto conhecimento e pelo maior acesso das mulheres à ciência. Ainda vemos as áreas de pesquisa praticamente dominada por homens. Thaisa Bergmann conta que 75% de seus colegas na Astrofísica são homens. Ela também conta que precisou se afastar dos filhos devido à uma bolsa de pós-doutorado na Universidade de Maryland, nos Estados Unidos. Seu marido e familiares a ajudaram, mas muita gente questiona uma mulher, mãe e cientista que opte por se afastar dos filhos para se dedicar à carreira.
De toda a ciência no mundo, apenas 30% dela é feita por mulheres. A iniciativa L’Oréal-UNESCO Para Mulheres na Ciência, criada há 17 anos, visa igualar os gêneros dentro da ciência e incentivar cada vez mais mulheres a mudar este cenário. Já são mais de 2250 mulheres reconhecidas em mais de 110 países por suas pesquisas e inovações.
No Brasil, a premiação completa dez anos em 2015, tendo beneficiado 61 jovens cientistas por todo o país e distribuído cerca R$ 3 milhões em bolsas-auxílio (US$ 1,2 milhão). Somente em 2014, mais de 300 cientistas inscreveram seus projetos. Este ano, as inscrições abrem no dia 10 de março, na Semana Internacional da Mulher.
Mulher pode e deve fazer ciência. Thaisa e Carolina estão aí de prova e merecem os parabéns e o devido reconhecimento. Lugar de Mulher é onde ela quiser, inclusive nos laboratórios.
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