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sexta-feira, 27 de novembro de 2015

África deve ter 310 milhões de noivas crianças em 2050 | Rádio das Nações Unidas

Número corresponde a mais do dobro do existente atualmente em todo o continente; Unicef lança relatório sobre o tema na Cimeira da União Africana sobre o Fim do Casamento Infantil.
26/11/2015
Fim do Casamento Infantil. Foto: Unicef Moçambique





























Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.*
O total de noivas crianças em África deve subir dos atuais 125 milhões para 310 milhões até 2050, se continuarem os níveis atuais da prática.
A previsão consta do relatório Perfil do Casamento Infantil em África, publicado esta quinta-feira pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância, Unicef.
Cimeira
O documento é lançado na Cimeira da União Africana sobre o Fim do Casamento Infantil que decorre em Lusaka, na Zâmbia. As principais razões para o cenário são as lentas taxas de redução combinadas ao rápido crescimento da população na região.
Em 2050, o continente africano deve ultrapassar o Sul da Ásia como região com o maior número de mulheres de idades entre 20 a 24 anos que tenham casado crianças.
Tendências
A expectativa para todo o resto do mundo é que essa tendência venha a inverter-se, tendo em conta as atuais taxas de redução da prática e as tendências demográficas.
A presidente da Comissão da União Africana disse que o matrimónio infantil gera normas que se tornaram “cada vez mais difíceis de eliminar, além de pôr em causa o valor das mulheres do continente”.
Colaboração
Nkosozana Dlamini Zuma afirmou que “com uma maior consciencialização aliada a uma abordagem de colaboração podem ser erradicados os efeitos nefastos do casamento infantil”.
Nos últimos 25 anos, estima-se que a percentagem de jovens mulheres que se casaram crianças no continente africano tenha caído de 44% para 34%.
Com a previsão de aumento do número de meninas dos atuais 275 milhões para 465 milhões até 2050, o Unicef considera ser necessária uma “ação muito mais ambiciosa” na região.
Mesmo que se dobre a atual taxa de redução dos casamentos infantis, a agência prevê um aumento do número de noivas crianças.
Vida Saudável
O Fundo destaca que a probabilidade de uma menina que faz parte dos 20% da população mais pobre casar ainda criança é tão forte agora como era em 1990.
O Unicef lembra que quando uma criança casa, caem drasticamente as possibilidades desta ter uma vida bem-sucedida e saudável, o que muitas vezes desencadeia um ciclo de pobreza que pode durar gerações.
Violência e HIV
As noivas crianças são menos propensas a não concluir a escola e mais expostas a serem vítimas de violência ou infectadas pelo HIV.
Por outro lado, crianças nascidas de mães adolescentes têm maior risco de ser nados mortos, perder a vida logo após o nascimento e ter baixo peso ao nascer.
Em maio, a União Africana lançou uma campanha para acabar com os casamentos infantis em todo o continente.
*Apresentação: Denise Costa.

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