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domingo, 15 de novembro de 2015

Dossiê: analisamos o terrorismo hoje

Depois do 11 de setembro, as organizações terroristas encontraram novas maneiras de recrutar jovens ocidentais dispostos a cometer ataques contra o próprio país. O discurso fundamentalista, aliado a problemas sociais, ajuda a entender por que tragédias como a de Paris podem voltar a acontecer

11/02/2015 / POR EDIÇÃO: THIAGO TANJI

Ao longo do dia 7 de janeiro, enquanto o mundo tentava compreender, em choque, o massacre na redação do jornal Charlie Hebdo, começaram a surgir na imprensa as primeiras informações sobre os autores do ataque. Eles falavam francês “sem sotaque”, diziam ter “vingado o profeta” e gritavam “Alá é grande”.

No fim do dia, a polícia apontava dois suspeitos: os irmãos Chérif e Saïd Kouachi, de 32 e 34 anos, nascidos no 10º arrondissement de Paris,  historicamente um bairro de imigrantes. As fotos dos irmãos eram divulgadas sem parar pela imprensa. Os dois teriam perdido o pai, imigrante argelino, ainda na adolescência. Foram então encaminhados a um internato, onde receberam formação profissional. Passaram a alternar pequenos trabalhos e conheceram adolescentes que, assim como eles, também eram “de origem estrangeira”.

Chérif arriscou uma carreira como cantor de rap, sem sucesso. A situação mudaria em meados dos anos 2000, quando ele começou a frequentar uma mesquita conhecida pela pregação do islamismo radical. Sob influência do mentor Farid Benyettou, envolveu-se com um grupo jihadista, preparando-se para lutar ao lado da Al-Qaeda no Iraque. O plano não deu certo, e em 2005 Chérif foi preso.

Atrás das grades, o jovem se radicalizou ainda mais. Também foi na prisão que conheceu Amedy Coulibaly, autor dos outros dois ataques em Paris e morto, assim como os Kouachi, em uma ação policial. A radicalização islâmica nas prisões é uma preocupação de vários países europeus. “Em minha pesquisa, fala-se em 500 indivíduos que se radicalizaram e podem se tornar terroristas, mas o número na verdade é bem maior. Isso acontece em várias partes da Europa, com fundamentalistas cooptando presos vulneráveis que buscam um propósito na vida”, afirma Raphael Rowe, jornalista britânico autor do documentário From Jail to Jihad (“Da cadeia para a Jihad”, em tradução livre).

A charge, o ataque, a união: em sentido horário, manifestações pacíficas em toda a França reuniram quase 3,7 milhões de pessoas; a caçada aos irmãos Kouachi mobilizou 80 mil agentes franceses; capa publicada pelo jornal Charlie Hebdo após os ataques com a chamada “Tudo está perdoado” (Foto: Divulgação, AFP)

A charge, o ataque, a união: em sentido horário, manifestações pacíficas em toda a França reuniram quase 3,7 milhões de pessoas; a caçada aos irmãos Kouachi mobilizou 80 mil agentes franceses; capa publicada pelo jornal Charlie Hebdo após os ataques com a chamada “Tudo está perdoado” (Foto: Divulgação, AFP)

Apesar do final trágico, a trajetória dos irmãos Kouachi apresenta semelhanças com a de muitos outros jovens que, mesmo nascidos na França, são estigmatizados como “franceses de origem estrangeira”. Relegados às periferias pobres das grandes cidades, os filhos de imigrantes não europeus representam atualmente cerca de 11% da população da França. A dificuldade de integração é evidente: a taxa de desemprego entre esses jovens é quase três vezes maior que entre filhos de pais franceses não imigrantes. Essa juventude socialmente fragilizada entra em uma espiral de desesperança e frustração que leva, muitas vezes, à delinquência. Em alguns casos, a religião aparece como uma válvula de escape. Os mais desestruturados tornam-se um alvo potencial para recrutadores extremistas, não só dentro da prisão, mas principalmente por meio da internet.

Por outro lado, se o preconceito enfrentado por esses jovens não é novo, existe um consenso entre especialistas quanto ao crescimento inquietante da xenofobia e da islamofobia liderado por partidos de extrema direita em toda a Europa. Para a França, país com a maior população muçulmana do continente, a questão se torna ainda mais delicada com os fatos recentes. “Na região onde moro há muitos muçulmanos. Eles estão com muito medo de represálias”, afirma a brasileira Sílvia Capanema, professora na Universidade de Paris 13-Sorbonne Paris Cité e vereadora em Saint-Denis, na região metropolitana de Paris. Após o atentado ao Charlie Hebdo, mais de 50 atos antimuçulmanos foram registrados pelas autoridades, como ameaças por escrito e ataques contra mesquitas.

Apesar de discordar das charges que ridicularizavam o profeta Maomé, a maioria do total de mais de 1,6 bilhão de pessoas ao redor do mundo que professam a fé islâmica também rejeita de modo veemente os atos de grupos fundamentalistas. Muitas delas se juntaram às marchas que reuniram milhões de pessoas em diferentes partes da França no fim de semana após os ataques, levando uma mensagem de paz e diálogo. “Vi o cidadão parisiense comum e pessoas mais velhas, não habituadas à mobilização na rua, levantando bandeiras muito bonitas de humanismo, liberdade e respeito”, diz Sílvia. “Pessoas de diferentes religiões e etnias estavam reunidas de modo pacífico em uma grande multidão. Questões religiosas ou políticas não interessam nesse caso, afinal somos uma  única nação”, afirma o francês Julien Théon, cientista político da Universidade de Versailles.  (por Daniela Fetzner, de Paris)

JE SUIS NIGÉRIA
Pouco divulgado pela mídia, ataque do grupo Boko Haram mata milhares de nigerianos
Enquanto os holofotes do Ocidente se voltavam para o massacre em Paris, outra matança acontecia na cidade de Baga, no nordeste da Nigéria. De acordo com informações oficiais do governo do país africano, 150 pessoas foram mortas em confrontos com o grupo Boko Haram. A Anistia Internacional, no entanto, informa que até 2 mil pessoas podem ter morrido durante a ação da organização fundamentalista.

Assim como a Al-Qaeda, que se responsabilizou pelo atentado à redação do Charlie Hebdo, o Boko Haram também utiliza a bandeira da religião islâmica para justificar suas ações e atrair novos seguidores. O objetivo do grupo, que ganhou a atenção internacional após sequestrar 276 meninas em 2014, é colocar territórios nigerianos sob a administração de leis islâmicas fundamentalistas.

País mais populoso da África, com quase 170 milhões de habitantes, a Nigéria vive um conflito pelo controle de reservas de petróleo na região do delta do Níger, no sul do país. A instabilidade política possibilitou a livre atuação de grupos radicais como o Boko Haram, que atua no norte do país e persegue os cristãos moradores dessa região. Desde 2009, os ataques do grupo deixaram mais de 13 mil mortos e obrigaram cerca de 1 milhão de pessoas a fugirem de suas casas.

Se massacres como o que aconteceu em Baga são tão recorrentes, por que não recebem a devida atenção dos meios de comunicação ocidentais? “Diferenças culturais e antropológicas impactam o modo como nos solidarizamos. Brinco que esse é o ‘lado negro da empatia’”, afirma o professor de psicologia Marco Iacoboni em entrevista para a revista norte-americana Time.

DIREITO DE VIVER EM PAZ
Com mais de 1,6 bilhão de fiéis no mundo, a religião islâmica rejeita a atuação de grupos fundamentalistas
O barulho do disparo de fuzis AK-47 nas ruas de Paris misturava-se aos gritos de “Allahu akbar”, exaltação repetida constantemente pelos irmãos Koua­chi e que significa “Deus é grande”. Associar a fé islâmica a uma mensagem de violência e fanatismo tornou-se um lugar-comum para vozes que consideram a religião surgida no século VII um perigo à civilização ocidental. Tal visão, no entanto, é desmentida cotidianamente pela maioria do total de mais de 1,6 bilhão de islâmicos no mundo, que rejeita o fundamentalismo terrorista. “Esses grupos são movimentos marginais que têm uma visão distorcida e interpretam de modo rasteiro o texto religioso, cometendo erros em nome do islã”, afirma Omar Nasser Filho, membro do Instituto Brasileiro de Assuntos Islâmicos.

A comunidade muçulmana segue os ensinamentos do Corão, o livro sagrado que compila as mensagens divinas transmitidas pelo arcanjo Gabriel ao profeta Muhammad – mais conhecido no Brasil pelo nome de Maomé – na região que atualmente compreende a Arábia Saudita. Nasser Filho afirma que o livro sagrado islâmico tem diversas passagens que falam de paz e entendimento com as religiões judaica e cristã. Já os trechos que citam a violência não poderiam ser entendidos fora do contexto histórico do nascimento do islamismo, quando seus primeiros seguidores estavam rodeados de tribos pagãs que disputavam o controle da região arábica.

Mesmo assim, a jihad, termo associado ao conceito de “guerra santa” apresenta um significado bem menos literal. “Ela tem um sentido muito mais profundo, que é o da luta contra o ego, contra a tentação e contra os maus pensamentos”, esclarece Nasser Filho. O mesmo acontece com a interpretação da sharia, conjunto de leis inspirado na vida de Maomé e que orienta as fatwas, pronunciamentos de sentenças religiosas, incluindo a pena de morte. “A sharia aplicada pelo Estado Islâmico está fora de qualquer caminho de normalidade de acordo com as grandes escolas do pensamento islâmico, tanto sunitas quanto xiitas”, completa.

Para a professora Maria de Lourdes Lima, do curso de teologia da PUC-Rio, os grupos fundamentalistas baseiam-se em uma visão dualista: tudo aquilo que não está de acordo com sua visão é considerado “mau”. “Os textos religiosos são instrumentalizados a fim de corroborar a visão de mundo e as atitudes práticas defendidas por essas pessoas”, diz.

Ainda assim, a comunidade islâmica repudia a representação gráfica de Deus ou de seus profetas, como era feito nas charges do Charlie Hebdo. “Deus tem uma condição imaterial, é impossível representá-lo, e o mesmo vale para seus mensageiros”, diz Nasser Filho. “Não concordamos com as charges, mas a violência jamais pode ser justificada.”

QUEM SÃO OS TERRORISTAS?
Ataques são organizados de maneira individual ou a partir de células - entenda
  (Foto: Revista Galileu)(Foto: Revista Galileu)

A morte dos irmãos Kouachi e de Amedy Coulibaly não extinguiu a ameaça de novos ataques em solo francês. De acordo com as autoridades nacionais, aproximadamente 1,2 mil habitantes do país estariam envolvidos com redes fundamentalistas baseadas no Iraque e na Síria, região onde o Estado Islâmico ganhou força nos últimos anos. No caso dos Kouachi, eles passaram por treinamento militar no deserto de Ma’rib, região do Iêmen com forte presença da Al-Qaeda. “Uma ação com três pessoas mobilizou mais de 80 mil policiais, que não sabiam quais seriam os próximos passos: esse é um tipo de ação irregular, mas que tem grande impacto em um país”, afirma Paul Rodgers, professor da Universidade de Bradford, no Reino Unido, e especialista em terrorismo. Segundo um levantamento da União Europeia, cerca de 3 mil europeus fizeram treinamento na Síria com organizações fundamentalistas.

Apesar de existirem semelhanças psicológicas e sociais entre os que cometem atentados em seu país de origem, é muito difícil traçar um perfil específico dessas pessoas. “Os irmãos Kouachi eram considerados fracassados e tentaram ser populares. Essa é uma característica comum aos terroristas, porque confere status e um propósito na vida. A forma como morreram, eliminados pela polícia, garantiu-lhes a fama de mártires”, diz Edwin Bakker, diretor do centro de contraterrorismo da Universidade de Leiden, na Holanda.

As autoridades também ligaram o alerta vermelho para a atuação dos “lobos solitários”, que executam atentados por conta própria. Um dos casos mais conhecidos desse tipo de ataque foi o do norueguês Anders Breivik, que em 2011 plantou uma bomba em um prédio do governo, causando oito mortes, além de assassinar 68 pessoas que participavam de um acampamento de jovens. Durante seu julgamento, Breivik, cristão de ultradireita, afirmou que cometeu o massacre para proteger o povo norueguês do “multiculturalismo e do islamismo”.

GUERRA SEM FIM
Mesmo com a guerra ao terror lançada pelos Estados Unidos após o atentado de 11 de setembro de 2001, que matou cerca de 3 mil pessoas, organizações  terroristas e “lobos solitários” continuam a atacar diferentes partes do mundo. relembre os casos que mais repercutiram :
 (Foto: divulgação, reprodução) (Foto: divulgação, reprodução)

MARKETING AGRESSIVO
Viralização do ódio: o Estado Islâmico deseja chamar a atenção dos jovens por meio de vídeos divulgados nas redes sociais que lembram cenas de videogame e filmes de Hollywood. Acima, à direita, um cartaz diz: “Esse é nosso Call of Duty e nós nasceremos de novo em Jannah [o paraíso islâmico]” (Foto: reprodução, divulgação)Viralização do ódio: o Estado Islâmico deseja chamar a atenção dos jovens por meio de vídeos divulgados nas redes sociais que lembram cenas de videogame e filmes de Hollywood. Acima, à direita, um cartaz diz: “Esse é nosso Call of Duty e nós nasceremos de novo em Jannah [o paraíso islâmico]” (Foto: reprodução, divulgação)

Explosões em câmera lenta, imagens aéreas feitas por drones, cenas de ataque mostradas a partir da perspectiva de um rifle... Poderia ser um filme de ação de Hollywood, mas é uma das mais recentes produções do Estado Islâmico, intitulada O tinir das espadas. O vídeo mostra assassinatos, perseguições, caças, orações e discursos enaltecendo o grupo fundamentalista e seus jihadistas ao som de uma trilha sonora em árabe e com legendas em inglês. Outro vídeo, divulgado em janeiro, mostra uma criança de traços orientais matando dois supostos espiões russos com tiros nas costas. Em seguida, o menino é questionado sobre o que vai ser quando crescer. “Serei um mujahid [‘soldado do islã’], insha’allah [‘se Deus quiser’]”, diz o garoto com um sorriso infantil no rosto.

A imagem do terrorista moderno não tem nada a ver com a figura de Osama bin Laden, um senhor barbudo que discursava com o dedo em riste. A estratégia de marketing do Estado Islâmico mostra jovens descolados portando rifles automáticos e caminhando com o olhar fixo no inimigo, o cabelo balançando suavemente contra o vento. Além dos vídeos, há memes, imagens carregadas de Photoshop endeusando mártires, hashtags e muitos tweets. Tudo em inglês e feito gratuitamente por profissionais adeptos dessa ideologia, segundo analistas. “Esse é o nosso Call of Duty”, diz um dos memes, mostrando dois jovens vestidos como jihadistas, em referência ao jogo norte-americano que simula uma guerra. “Yodo – você só morre uma vez, então por que não ser um mártir?”, pergunta outro meme (foto à direita), numa referência à gíria de internet yolo (you only live once, ou “você só vive uma vez”, em português).

Às vezes o  Estado Islâmico chega a imitar estratégias de marketing de grandes marcas, virando trending topic do Twitter, por exemplo, ao associar a palavra “Bagdá”, capital do Iraque, a uma imagem que mostra um insurgente armado em uma cidade com a frase “Estamos chegando”. Existe até um aplicativo – O amanhecer das boas notícias – com mensagens sobre os avanços da organização, imagens e vídeos. O objetivo dessa modernização é claro: intimidar inimigos e atrair jovens deslumbrados para a causa. “É o poder da internet: você atinge milhões com pouco dinheiro. Esses terroristas não são loucos, são espertos e dominam bem essas ferramentas”, disse Edwin Bakker a GALILEU.

Outra particularidade da estratégia de marketing terrorista é o foco nos jovens, a faixa etária dos jihadistas que atuam no Ocidente. É uma estratégia comum de regimes extremistas, eternizada no clássico 1984, de George Orwell, que se inspirou na União Soviética e na Alemanha nazista para narrar a vida em um regime desse tipo. Crianças e adolescentes aprendiam lições de racismo e eram endeusados como heróis arianos na Juventude de Hitler. E as Ligas da Juventude soviéticas eram usadas para distinguir os verdadeiros jovens comunistas dos “traidores”. Para Bakker, ideologias extremistas se aproveitam da vulnerabilidade de jovens que precisam se distanciar da família para criar uma identidade própria, manter laços de amizade e achar um propósito na vida. “Como se vestir, como se comportar, algo de que se orgulhar, um propósito na vida, excitação, camaradagem, é isso que as ideologias extremistas oferecem. E é tudo o que os adolescentes procuram.”   (por Gabriela Loureiro)

O TERROR NA MIRA
Como impedir que novos ataques terroristas aconteçam

Chérif Kouachi já havia sido preso em 2005 por integrar uma rede fundamentalista próxima à Al-Qaeda. Seu nome e o do irmão, Saïd, também constavam em uma lista norte-americana de suspeitos, ao lado de 1,2 milhão de pessoas. Com tantas ocorrências, é difícil compreender por que os serviços de inteligência não ficaram mais atentos. Em entrevista à televisão, o primeiro-ministro francês, Manuel Valls, afirmou: “Sabemos que podemos ser atingidos. Há sempre o risco de falhas”. Para ele, o foco agora deve ser impedir a ida de franceses para campos de treinamento de grupos fundamentalistas no exterior. Além de novas medidas contra o terrorismo, Valls considera a liberação de mais recursos para os serviços de inteligência. Levando em conta que um monitoramento pode envolver até 20 pessoas, essa não é uma tarefa tão simples. “São muitos os possíveis suspeitos, e é bem difícil fazer vigilância 24 horas por dia”, alega o cientista político Victor Asal, diretor do projeto sobre conflitos violentos da Universidade Estadual de Nova York.  Para o antropólogo Scott Atran, professor da Universidade de Michigan e autor do livro Talking to the Enemy (“Falando com o inimigo”, em tradução livre), sem a ajuda da comunidade islâmica, a tarefa é ainda mais difícil. “A polícia francesa geralmente não vai aos bairros mais perigosos de Paris, porque tanto policiais quanto as pessoas que vivem lá têm medo uns dos outros”, afirma ele. Essa distância cria um vácuo entre as autoridades e as potenciais ameaças. Mas elaborar uma política que não marginalize imigrantes, moradores da periferia e muçulmanos não é o bastante. “Isso eliminaria a alienação, mas é importante lembrar que o terrorismo não nasce apenas do descontentamento, ele também vem da ideologia, e isso é muito difícil de combater”, completa Victor Asal.   (por Nathan Fernandes)

 (Foto: Revista Galileu) (Foto: Revista Galileu)

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