Sessão foi iniciada esta segunda-feira em Genebra, com alto-comissário para os Direitos Humanos falando sobre "ansiedade" ao redor do mundo; Zeid Al Hussein afirma necessidade de manter pensamento racional e otimismo.
23/11/2015
Leda Letra, da Rádio ONU em Nova York.
Começou esta segunda-feira, em Genebra, a 88ª sessão da Comissão para a Eliminação da Discriminação Racial. O alto comissário da ONU para os Direitos Humanos discursou na abertura do encontro, que segue até 11 de dezembro.
Zeid Al Hussein disse que a ansiedade no mundo está profunda devido ao acúmulo de crises e que "o nacionalismo étnico está sendo revisto de maneiras perigosas".
Bode Expiatório
Muitos governos "cortam custos e alimentam ressentimentos contra grupos raciais e étnicos", na avaliação do alto comissário. Com crises econômicas, "vários segmentos da sociedade servem de bode expiatório", por isso Zeid avalia o trabalho do comitê como essencial para lidar com esse fenômeno.
O alto comissário para os Direitos Humanos lembrou aos países que muitos problemas podem ser resolvidos por meio da educação e da mudança nas culturas das pessoas.
Otimismo
Para Zeid, as recomendações da Comissão para a Eliminação da Discriminação Racial são essenciais. Ele citou os recentes "terríveis ataques terroristas e a turbulência" do mundo como motivos para manter o otimismo e o pensamento racional.
Para o alto comissário, o "sistema está quebrado e precisa ser redefinido" e isso não será alcançado sem o esforço da comunidade internacional. Já o presidente do comitê lamentou os ataques no Mali, na Nigéria e na França e a situação no Iraque, na Síria e no Líbano.
José Francisco Cali Tzay alertou sobre as consequências que podem surgir caso nada seja feito contra o Isil e garantiu que a Comissão fará todo o possível para denunciar ataques.
Na abertura da sessão, foi dedicado um minuto de silêncio às vítimas dos ataques recentes. Foi destacada a necessidade de se respeitar os direitos humanos durante a luta contra o terrorismo, porque "as minorias são a maior parte das vítimas desses eventos trágicos" e além de sofrer em seus países de origem, essas pessoas sofrem quando tentam ir para lugares mais seguros.
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