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quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Brasil fica em último lugar em avaliação de desigualdade salarial entre gêneros

24/11/2015
Mariana Tokarnia – Repórter da Agência Brasil

O Brasil tem uma das maiores diferenças entre salários de homens e mulheres com o mesmo nível de formação analisadas no relatório Education at a Glance 2015: Panorama da Educação, lançado mundialmente hoje (24). A renda média de uma mulher com educação superior no país representa cerca de 62% da renda média de um homem com o mesmo nível de escolaridade. Com o resultado, o Brasil, juntamente com o Chile, aparece em último lugar na avaliação dessa disparidade, dentre os países que disponibilizaram dados.

Education at a Glance 2015: Panorama da Educação é a principal fonte de informações comparáveis sobre a educação ao redor do mundo. A publicação oferece dados sobre a estrutura, o financiamento e o desempenho de sistemas educacionais de 46 países: 34 deles são membros da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), alguns países parceiros, além dos membros do Grupo dos 20 (G20).

A publicação mostra que, no Brasil, 72% de homens com ensino superior ganham mais que duas vezes a média da renda nacional. Entre as mulheres isso ocorre com 51% das que têm ensino superior. "A desigualdade de renda entre gêneros é igualmente grande entre homens e mulheres cujo nível mais alto de escolaridade é o ensino médio regular ou a educação profissional", acrescenta o texto.

Considerando apenas a população entre 35 e 44 anos, com formação acadêmica ou educação técnica de nível médio, o Brasil registra a sexta maior diferença nas remunerações. O salário das mulheres representa cerca de 65% do dos homens com a mesma formação e faixa etária.

A disparidade salarial é ainda maior na Coreia, Eslováquia, Estônia, em Israel e também na Hungria, onde as mulheres ganham pouco menos de 60% do salário dos homens. No ranking, quanto maior a disparidade, mais alta a colocação. Já o país com a menor diferença salarial entre os gêneros é a Bélgica, onde os salários das mulheres representam cerca de 87% do dos homens com a mesma formação.

No Brasil, as mulheres também são maioria entre os que não estudam nem trabalham, grupo conhecido como nem-nem. Em 2014, 27,9% das mulheres de 15 a 29 anos estavam nessa situação, enquanto 12,7% dos homens estavam no grupo. As médias da OCDE são respectivamente 17,9% e 13,2%.

A OCDE é uma organização internacional composta por economias com elevados PIB per capita e Índice de Desenvolvimento Humano e são considerados países desenvolvidos. Os representantes do grupo promovem o intercâmbio de informações e alinham políticas, com o objetivo de potencializar seu crescimento econômico e colaborar com o desenvolvimento de todos os demais países membros.

* Matéria e título alterados às 12h53 para correção de informação. Diferentemente do informado, o Brasil ocupa o último lugar na avaliação da diferença salarial entre homens e mulheres, e não o 6º lugar.

Edição: Denise Griesinger

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